quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

4ª Edição do Prêmio Minas Gerais de Literatura


Inscrições para quarta edição do Prêmio Minas Gerais de Literatura abertas até 4 de março

Da Redação, com agência

Belo Horizonte - Amantes da arte literária têm até o dia 4 de março para inscrever suas obras na 4ª edição do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura. Serão distribuídos R$ 212 mil em prêmios aos vencedores. São quatro as categorias do concurso: Conjunto da Obra, em que um escritor brasileiro vivo é homenageado; Poesia; Ficção (romance); e Jovem Escritor Mineiro.
 
Citada pela Agência Minas, a secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, diz que “o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura já está consolidado nacionalmente como uma das premiações de forte estímulo à literatura mineira e brasileira”.

Jovens talentos

Uma das categorias que vem chamando a atenção do concurso é a de Jovem Escritor Mineiro. A categoria tem revelado jovens talentos como Rafael Abras. Premiado na categoria Jovem Escritor Mineiro da 3ª edição, Rafael defende que “a leitura é, sobretudo, um meio de construção pessoal, de formação de caráter e consciência”.
Na categoria Ficção, o livro vencedor da 3ª edição foi “O tempo em estado sólido”, da cearense Tércia Montenegro, que concorreu com 228 trabalhos.
Também em 2010, o recorde no número de inscrições do concurso ficou com a poesia, totalizando 667 concorrentes. Bruno Brum venceu com “Anaeróbica”. Já para a categoria Conjunto da Obra, a comissão julgadora indicou o escritor Silviano Santiago, autor de sólida e abrangente obra literária.
 
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

52ª Edição do Prêmio Jabuti

O Jabuti é o maior prêmio literário do país. Em sua 52ª edição foram premiados três livros em cada uma das 21 categorias, que estão entre as melhores publicações de 2009. Confira abaixo os vencedores nas categorias romance, contos e crônicas, poesia e biografia. O prêmio agracia, ainda, tradutores, reportagens, infantis, juvenis, etc.

Romance
1º) Se eu Fechar os Olhos, Edney Silvestre (Record)
2º) Leite Derramado, Chico Buarque (Companhia das Letras)
3º) Os Espiões, Luis Fernando Veríssimo (Objetiva)

Contos e crônicas
1º) Eu Perguntei pro Velho se ele Queria Morrer (e Outras Histórias de Amor), José Rezende Jr. (7Letras)
2º) A Máquina de Revelar Destinos Não Cumpridos, Vário do Andaraí (Dimensão)
3º) Paulicéia Dilacerada, Mario Chamie (Funpec)

Poesia
1º) Passageira em Trânsito, Marina Colasanti (Record)
2º) Sangradas Escrituras, Reynaldo Jardim Silveira (Star Print)
3º) Lar, Armando Freitas Filho (Companhia das Letras)

Biografia
1º) Nem Vem que Não Tem: Vida e Veneno de Wilson Simonal, Ricardo Alexandre (Globo)
2º) Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão, Lira Neto (Companhia das Letras) e Euclides da Cunha: Uma Odisséia nos Trópicos, Frederic Armony (Ateliê Editorial)
3º) Bendito, Maldito: Uma Biografia de Plínio Marcos, Oswaldo Mendes (Leya).





sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Altar & o Trono

      Entre os 10  melhores livros de 2010, O Altar & O Trono - de Ivan Teixeira

     Fonte Revista Veja, dez 2010
O Altar e o Trono entre os 10 melhores livros de 2010

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

LANÇAMENTO DE L IVRO

    Lançamento:

    O premiado autor mineiro, FÁBIO LUCAS, estará lançando seu novo livro  "FICÇÕES DE GUIMARÃES ROSA  - perspectivas", em Belo Horizonte. Será na Academia Mineira de Letras, no dia 10 de fevereiro, a partir das 18 horas.
  Em São Paulo, será na Academia Paulista de Letras, no dia 17 de março, a partir das 18 horas.
  Fábio Lucas é membro das duas Academias. 

  Martha 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

LITERATURA PERDE UM BOM ESCRITOR

 


LITERATURA PERDE UM BOM ESCRITOR
Paschoal Motta

Faleceu recentemente o escritor rio-grandense do norte Salatiel Queiroz. Residiu em Minas desde a juventude onde constituiu família. Deixou um livro de crônicas, Cometimentos, em que transfigura nosso cotidiano, aqui e em outros lugares. Legou a admiradores da boa escrita, textos de admirável realização em Língua Portuguesa. Confessava ter estudado apenas o Primário em sua terra natal. Quase inacreditável o aproveitamento que conseguia com as possibilidades de expressão do nosso sistema linguístico.
Sua desenvoltura no trato com a linguagem, era resultado de permanentes leituras, mais uma inteligência privilegiada e rara sensibilidade para com os humanos e os animais.
Amigos de Salatiel lamentam o desaparecimento do amigo e da impossibilidade de seus textos não terem tido oportunidade de
um público bem maior. Principalmente diante das ameaças que vem sofrendo a Flor do Lácio em mãos de profissionais despreparados nas áreas da comunicação.
 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DE POESIA E VIDA

DE POESIA E VIDA

Paschoal Motta

Surpreendentes os caminhos desta jornada na casca do Planeta, quando viajamos guiados pelo farol da Literatura. Tanto norteia, quanto atrai para a fonte das palavras do homem, transfiguradas num poema. Aí, ilumina o chão da vida; compõe uma paisagem multicolorida de revelações. Filtrada pelos vidros do vitral do artista, essa luz misteriosa poderá  iluminar o túnel de nossa perplexidade na experiência de adivinhações. Somos iluminados com sua graça, que nos aproxima da Divindade.

O poeta quer a eternidade de suas incursões, lucubrações e descobertas, pela mística do divino. A solução de sua insatisfação no mistério do ser e estar aqui; na ânsia de passar a sensibilidade para o próximo com os despistes que lhe são inerentes na especial modalidade no veicular decifrações; no aproximar-se do mais puro para atingir a precariedade material da condição humana.
E é pela palavra que a Poesia se humaniza, na sua expressão metalinguística; assim, nos acende e ascende até lá de onde acenam os deuses dos mistérios.

A Poesia é procura e encontro de nossas origens.

O poeta reinventa o Mundo com palavras, numa divindade de fundação criadora. Nada mais infantil que criar Arte, nada mais artístico que reescrever a infância. Daí, a busca de origens, a criação de mundos sem manchas, defeitos. Daí, essa loucura de que é vítima o poeta numa destinação de aproximar as pessoas para o alto e oferecer-lhes participação nesse gozo de inventar. Um deus diante de sua obra e nela soberano... Carece, mesmo assim, de público para participação da espécie humana na sua destinação duma luz distante. E,
assim, um homem como qualquer outro homem, como já nos colocou Cassiano Ricardo.

E, aí, a função da Poesia veiculada pelo Poietés, aquele que faz. Daí para a frente, tudo será possível, até a eliminação da dor e a satisfação da fome. A Poesia não mata fome nem sede, mas rejuvenesce a esperança e alimenta o coração para que não as aceitemos. Isso os criadores de poemas perseguem, desde as figurações sumérias, desde as figurações rupestres; desde sempre e por todos os meios cada vez mais possíveis, agem como a Natureza, lenta nas transformações. É por aí esse caminho na ânsia de áreas serenas da sensibilidade necessária para a plenitude da existência.
Longo o percurso nesse fazer, nesse transfigurar a inocência em extinção. Há poemas que nos tocam a inteligência e a sensibilidade. E vibramos pela oportunidade e surpresa deles. Eles nos conduzem com seu aprendizado de vida na emoção. E essa viagem é sempre numa ida, numa sempre procura na passagem pela ponte movediça das controvérsias sobre as águas dos preconceitos. 
Você abre a porta de uma casa de brinquedos; entra nela; descortina as janelas; olha para fora, para as meninices das claridades de que carecemos.
 
Afinal, um poema é uma experiência de vida, que nos nasce e nos renova.

A Primavera!

(de Poeta e Poesia, trecho de ensaio inédito)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Nosso Escritor mais Lembrado no Estrangeiro por Especialistas em Literatura Brasileira

MARTHA TAVARES PEZZINI

MILTON HATOUM nasceu em 1952, em Manaus, AM. Morou durante a década de 1970 em São Paulo, onde se diplomou em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, trabalhou como jornalista cultural e foi professor universitário de História da Arquitetura. Em 1980 viajou como bolsista para a Espanha, onde morou em Madri e Barcelona. Estudou Literatura Comparada na Sorbonne, Paris, durante 3 anos, Autor de quatro romances premiados, sua obra foi traduzida em dez línguas e publicada em catorze países.
Foi professor de literatura francesa da Universidade Federal do Amazonas (1984-1999) e professor visitante da Universidade da California (Berkeley/1996). Em 2008 foi nomeado Tinker Professor de literatura latino-americana na Stanford University (EUA).
Foi também escritor residente na Yale University (New Haven/EUA), Stanford University e na Universidade da California (Berkeley). Bolsista da Fundação VITAE, da Maison des Ecrivains Etrangers (Saint Nazaire,França) e do International Writing Program (Iowa/EUA).
Em 1989 seu primeiro romance, Relato de um certo Oriente,ganhou o prêmio Jabuti (melhor romance). Em em 2000 publicou o romance Dois Irmãos, prêmio Jabuti e indicação para o prêmio IMPAC-DUBLIN, eleito o melhor romance brasileiro no período 1990 a 2005 em pesquisa feita pelos jornais Correio Brasiliense e O Estado de Minas.
Em 2005, seu terceiro romance, Cinzas do Norte, obteve cinco prêmios: - Prêmio Portugal Telecom; Grande Prêmio da Crítica /APCA – 2005; Prêmio Jabuti 2006, de melhor romance ; Prêmio Livro do Ano; Prêmio BRAVO! – de Literatura. Em 2010 a tradução inglesa de Cinzas do Norte (Ashes of the Amazon), (Bloomsbury, 2008), foi indicada para o Prêmio IMPAC-DUBLIN.
Em 2008 publicou seu quarto romance (Órfãos do Eldorado), que faz parte da coleção Myths, da editora escocesa Canongate. Órfãos do Eldorado será traduzido em 16 línguas, tendo já sido publicado na França, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Suécia e Croácia. Em 2009 publicou o livro de contos A cidade ilhada.
Hatoum publicou também ensaios e artigos sobre literatura brasileira e latino-americana em revistas e jornais do Brasil, da Espanha, França e Itália. Alguns de seus contos foram publicados nas revistas Europe, Nouvelle Revue Française (França), Grand Street (Nova York) e Quimera (México). Participou de várias antologias de contos brasileiros publicados na Alemanha e no México, e da Oxford Anthology of the Brazilian Short Story.
Desde 1998 mora em São Paulo, onde é colunista do Caderno 2 (O Estado de S. Paulo) e do site Terra Magazine.