quinta-feira, 10 de março de 2011

Centenário de Maria Bonita

Centenário de Maria Bonita é assinalado em São Paulo

Da Redação
São Paulo - Maria Bonita, que no início do século passado acompanhou o grupo de Lampião, será homenageada na próxima sexta-feira, com uma sessão comemorativa do centenário do seu nascimento, que se assinala hoje.

Maria Gomes de Oliveira nasceu no dia 8 de março de 1911 na Fazenda Malhada da Caiçara, na divisa dos municípios de Glória e Jeremoabo, na Bahia. Em 1929, aos 18 anos, conheceu Lampião, que visitava a Fazenda de seu pai. Em 1930 ela é a primeira mulher a entrar no cangaço acompanhando o grupo de Lampião e tempos depois passa a ser conhecida popularmente como Maria Bonita.

No dia 28 de julho de 1938, em Sergipe, durante um ataque ao bando, Maria Bonita e Lampião foram mortos ao lado de nove companheiros do cangaço, no que ficou conhecido como Massacre de Angico.

Recentemente, a casa onde Maria Bonita nasceu foi restaurada, pertence ao município de Paulo Afonso e recebe visitas de pessoas interessadas na história do Cangaço.

Para assinalar o centenário do seu nascimento, a Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima, em São Paulo, terá uma sessão na sexta-feira, dia 11, com a exibição de vídeos documentários sobre as Mulheres e suas lutas e a leitura dramática de um texto sobre Maria Bonita pela atriz Soraya Aguillera.

Durante o evento haverá exposição de livros sobre o tema, mostra de telas da artista plástica Leila Monsegur e do cartunista Junior Lopes e o artista plástico Jorge dos Anjos produzirá um quadro com o tema Maria Bonita e Dia Internacional da Mulher.


 FONTE: News Letter Portugal Digital

terça-feira, 8 de março de 2011

O POETA E A MULHER

Poema enviado pelo autor, homenageando as mulheres, pela data de hoje:


O POETA E A MULHER
 
Paschoal Motta



poeta e seu poema

a mulher e suas pérolas no corpo

poeta e seu poema

a mulher e seu jardim nos olhos

   
poeta e seu poema
   
a mulher e suas viagens nas mãos


poeta e seu poema

a mulher e seus abismos nos dentes


poeta e seu poema

a mulher e suas rosas no peito


o poeta e seu poema

a mulher e seus caminhos no vento


o poeta e seu poema

a mulher e as primaveras no ventre

        
          (em ANTOLOGIA POÉTICA II, Interlivros, BH)

LE GRAND SHOW DES ÉCRIVAINES BRÉSILIENNES





«Le Grand Show Des Ecrivaines Bresilienne» é o título da antologia que será lançada no Salón de Livre de Paris, em 18 de março próximo, sob a chancela do SER-Selo Editorial REBRA.

O evento é comandado pela REBRA-Rede de Escritoras Brasileiras, uma valente organização não governamental que reúne mais de 3500 associadas, e  cuja missão é colocar na vitrine os talentos femininos do nosso país.

O livro traz textos, ou em prosa ou em verso, de 62 de nossas autoras, a maioria delas ainda não publicada na nobre língua de Molière. Ele estará disponível para compra nas grandes livrarias a partir de abril.

Uma parte significativa da edição será destinada à distribuição em bibliotecas e universidades francesas, criando assim uma oportunidade para que a nossa literatura frequente com competência o nicho da  literatura universal, e não apenas ocupe um modesto espaço no nicho na literatura de língua portuguesa.

Tudo isso faz parte do projeto REBRA que, em linhas gerais, almeja tirar do obscurantismo a excelente literatura de nosso país. 


« Le Grand Show Des Ecrivaines Bresilienne »
Oeuvre collective,
organisation de Joyce Cavalccante 
ISBN : 978-2-84668-298-5
Format 155,5 x 24 cm - 192 pages
PRIX:  20 €


CONTATO:
 e-mail:rebra@rebra.org
Twitter: (@rebraescritoras)

segunda-feira, 7 de março de 2011

POESIA E AÇÃO

POESIA E AÇÃO
Paschoal Motta

A Arte, mais especificamente a Arte Literária, mais especificamente ainda a Poesia, é uma força, que, com jeito de alavanca da sensibilidade, coopera no rejuvenescimento do Ser Humano, até na sua salvação, no sentido daquilo que ele tenha perdido de Humanismo. A Poesia tem sido para mim, desde muito cedo, uma espécie de religião, no que ela me oferece de transcendental, de místico, de mítico.
  Vejo na Poesia um meio de realização do Homem, principalmente nestes dias, quando as atenções estão sendo desviadas, mais do que em outras épocas, para manifestações menos humanas. Com os meios de comunicação de massa e na necessidade capitalista de sempre mais consumo, o que podia ser poético, na música, no cinema, na escrita, passou a ser simplista para mastigação apressada, que nem chega a ruminar. Por que fui me lembrar de fast food? E isso, sempre visando um público mais despreparado intelectualmente, no caso a juventude, que não discute porque ainda não tem um critério de valores éticos e estéticos. Assim, acontece um nivelamento por baixo, ou um achatamento para baixo. E na técnica da repetição, até os mais exigentes correm o risco de acabar acatando aquilo que é oco, sem ressonância em nenhuma herança cultural nativa. E vamos sendo engolidos por esse poço sem fundo e sem piedade do emburrar e do embrutecer geral.
/////////////////// Continua... ////////////////

domingo, 6 de março de 2011

A IMPRENSA DE ANTIGAMENTE

 
A IMPRENSA DE ANTIGAMENTE 
               
Por Symphronio Veiga

Antigamente, a relação entre repórteres e copidesques (o profissional de redação com a função de adequar textos de matérias para publicação) nem sempre era pacífica. Repórteres reclamavam das modificações nos textos muitas vezes distorcendo o contexto das matérias.
Mas, havia raros copidesque perfeitos no trabalho, como Geraldo Mayrink, que começou sua carreira na década de 60, trabalhando no Diário de Minas a convite do chefe Fernando Gabeira. Mayrink faleceu aos 67 anos, vítima de um câncer. Ele era diferente dos demais copies: conversava com os repórteres no momento da correção das matérias e o entrosamento era total, sem reclamações.

No final da década de 70, o professor e filólogo Ayres da Matta Machado mantinha coluna no jornal Estado de Minas com o nome 'Escrever Certo'.

Naquele tempo, quem fazia a revisão nas matérias era o secretário do jornal, Odair de Oliveira, um sisudo copidesque, incorrigível, isto é: irrepreensível na função. Sistemático, Odair chegava para trabalhar exatamente às 13 horas, assinava o ponto, dirigia-se à mesa, tirava um monte de matérias da gaveta, e começava o trabalho, invariavelmente usando lápis. Seis horas depois, assinava o pondo de saída, houvesse ou não matérias para corrigir.
Por volta das 15 horas chegava à redação o professor Ayres com a coluna em três laudas datilografadas. Dava "boa tarde" ao copidesque, que não respondia e nem olhava para o velho professor, que, humildemente, pedia:
- Odair, corrige só o errado, viu!...  (SV)
// Em Sym.Veiga WEB NEWS <tierra@terra.com.br>
Data: 06 de março de 2011 //

sábado, 5 de março de 2011

Comentário e Crítica sobre o livro Eu, Tiradentes. Autor: Paschoal Motta

       De LAFUT ISAÍAS MUCCI (Rio de Janeiro, RJ). Doutor em Literatura, Professor, Poeta:

“... esse romance singular, que coloco pari passu com A Morte de Virgílio, de Herman Broch; Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar; últimos Dias de Kant, de Thomas de Quincey; Les Derniers Jours de Baudelaire, de Bernard Henri-Lévi. Portanto em excelente  companhia, onde você  brilha.
A Linguagem. Decididamente a linguagem. Cerrada, densa frutífera, como a mais copiosa mangueira. A linguagem em EU, TIRADENTES, arrebata: a vertigem da escritura."


Coleção Clássicos Fantásticos


   Lua de Papel, selo da Editora Leya lançou em 2010 a “Coleção Clássicos Fantásticos”, onde os grandes clássicos nacionais foram reescritos com a adição de ingredientes variados  e principalmente, elementos de ficção. E para ficar ainda melhor  e mais divertido, muito humor.
   Partindo da pergunta : “Como seriam alguns de nossos clássicos se tivessem sido escritos hoje?”
   Temos:
   Dom Casmurro e os Discos Voadores – Lúcio Manfredi
   Senhora, a Bruxa – Angélica Lopes
   O Alienista Caçador de Mutantes – Natália Klein
   A Escrava Isaura e o Vampiro – Jovane Nunes

   Se você conhece a obra original vai se divertir com a adaptação e as analogias mais absurdas.

      Martha