Se você é do tipo que compra um livro e deixa na estante à
espera de um tempo para ler, a coleção da editora Eterna Cadência não serve para
você. Essa editora argentina criou um tipo de livro que não pode ser deixado às traças, pois depois de alguns dias, a
obra desaparece. Tal efeito fantasma ocorre graças a tinta usada em sua
impressão que tem a duração de apenas dois meses. O nome da coleção: “O Livro Que
Não Pode Esperar”.
O título já não cumpre o protocolo exato como no início. Abriu-se à Literatura e outras formas de Cultura
sábado, 20 de outubro de 2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
PRIMÁRIA - O Essencial da Atenção Primária à Saúde
Tenho o
prazer de apresentar esse magnífico trabalho que é o livro do Dr. Igor de
Oliveira Claber Siqueira.
Dr. Igor
é médico de Família e Comunidade em Caratinga,
MG, e professor da Faculdade de Medicina de Caratinga.
Parabéns ao Dr. Igor e sucesso na sua missão na África.
Martha tavares Pezzini
Comentário e apresentação do Dr. FernandoAntônio Freitas Vieira:
“Este livro escrito pelo nosso colega
Igor com uma linguagem acessível, mesmo para quem
não é profissional da saúde, não pode deixar de ser lido sobretudo por nós
médicos. Além de um texto de leitura muito agradável o livro é ilustrado com
fotografias de "encher os olhos". Os interessados podem entrar em
contato com o Igor pelo email: claber_igor@ig.com.br , a preço de 50 reais. Com
esta aquisição estaremos nos presenteando e ajudando o Igor em trabalho
humanitário a partir de janeiro no continente africano. Fica a dica.” Fernando Antônio Freitas Vieira.
"...Apesar de todo o avanço, algo parecia ter se perdido. Numa estranha dicotomia, a mesma medicina que fazia grandes descobertas parecia fechar os olhos para a importância do paciente, da família e da comunidade. ... Necessidades como afeto, compreensão, apoio, atenção e informação se tornaram de menor importância."
Claber,Igor.Primária. FUNEC Editora. 2012
claber_igor@ig.com.br
marthatavaresspf.blogspot.com
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Colegas - Filme do diretor Marcelo Galvão
"Colegas" é o sensacional filme do diretor Marcelo Galvão.Uma história comovente vivida por atores com síndrome de Down. "Entre os 48 filmes inscritos no festival esse é único que possui recurso de audiodescrição, que garante o acesso às informações visuais da obra a pessoas cegas e com baixa visão, além de beneficiar pessoas com síndrome de down, problemas neurológicos e dificuldade de memorização"
Destaque, também para a fotografia de Rodrigo Tavares. Estaremos aguardando com enorme espectativa o lançamento nos cinemas. Parabéns a toda a equipe por esse trabalho.
Martha Tavares Pezzini
Do Fique Linkado
Coletiva de “Colegas” no 40º Festival de Gramado, com Juliana Didone, Marcelo Galvão, Ariel Goldenberg e Rita Pokk
No início da tarde desta terça-feira, 14 de agosto, Juliana Didone, Ariel Goldenberg, Rita Pokk e Marcelo Galvão se reuniram com a imprensa para falar sobre “Colegas”, filme participante da Mostra Competitiva de Longas Nacionais.“Colegas” é um filme que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida através dos olhos de três jovens com síndrome de Down. São eles: Stalone, Aninha e Márcio. Um dia, inspirados pelo filme ‘Thelma & Louise’, resolvem fugir no carro velho do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Marcio quer voar e Aninha busca um marido pra se casar. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras confusões e aventuras como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.
O diretor do filme, Marcelo Galvão, contou sobre a dificuldade em captar recursos para a produção. “A maior dificuldade que eu tive foi na hora de captar recursos. Eu achava que ia ser diferente, porque estou falando de inclusão social, mas muitas empresas vieram com a desculpa de que estariam associando a marca deles à síndrome de down e não seria legal”, disse Marcelo comentando que essa ainda vem sendo a nossa maior dificuldade que eles enfrentam.
Mais de 300 garotos foram testados e foram feitos vários ensaios durante quatro anos. “O Ariel e a Rita foram ensaiados dentro da produtora toda semana. Nem tanto porque precisavam ser ensaiados, mas para que o sonho não acabasse. O Ariel traz muito isso, ele pergunta quando vamos fazer, quando vamos para o festival, quando vamos ganhar um Oscar. Ele tem esse sonho dele e isso fez com que a gente acreditasse”, conta Marcelo.
A intensão de Marcelo Galvão e do produtor Marçal de Souza é dar oportunidade para que as pessoas com deficiência visual possam assistir os filmes no cinema. “É preciso da ajuda do exibidor”, comenta Marçal, cego à oito anos. Mesmo que o recurso não seja possível nos cinemas, Marcelo e Marçal disseram que o DVD contará com o recurso de descrição e libras.
Esse é o primeiro filme de que Juliana Didone participa, a atriz contou que está muito feliz de tê-lo feito e acredita ter começado com o pé direito. “Foi incrível fazer, é uma experiência de vida que eu vou levar por toda a minha carreira. Eu já tive um namorado que o irmão dele tem down, então eu já tive um pouco de convivência, mas ficar ali diariamente durante um tempo com eles, conversando e esperando foi muito bom”, Juliana revela.
A atriz disse que ela não chega a contracenar com os atores com síndrome de down, mas conviveu com eles durante as filmagens o que acabou criando um carinho muito grande entre eles. “São pessoas muito espontâneas, não tem as máscaras que a gente coloca às vezes”, ela comenta.
Um dos grandes destaques do filme é a sua fotografia, realizada por Rodrigo Tavares que pegou como referência “Toy Story” da Pixar. “Desde o início quisemos trabalhar com planos muito abertos, queríamos um estilo Disney mas não tão colorido, então acabamos escolhendo como referência ‘Toy Story’, da Pixar”, contou.
Rodrigo fala ainda sobre o que a fotografia de um longa metragem representa pra ele: “Na minha cabeça, a fotografia está lá para contar o filme. Não tem nenhuma função além de ajudar a contar a história da melhor maneira possível. Então se você cria um conceito, cria uma cara para esse projeto. Por mais que você se depare com um cenário maravilhoso, uma luz que está perfeita, se aquilo não faz parte do que você estabeleceu para o projeto, você não pode usar aquilo”, finaliza.
“Colegas” tem previsão de estreia para 09 de novembro.
Martha Tavares Pezzini
Sobre Livros e Autores
marthatavaresspf.blogspot.com
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura
Lançado edital do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura
Como forma de incentivar a produção literária mineira e brasileira, a
Secretaria de Estado de Cultura (SEC), por meio da Superintendência de
Publicações e do Suplemento Literário (SPSL), lança o Edital 2012 do
Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura. Em sua quinta edição, o
prêmio distribuirá R$ 212 mil para as categorias Conjunto da Obra;
Poesia; Ficção e Jovem Escritor Mineiro. As inscrições podem ser
realizadas de 1º de agosto a 30 de setembro.
Na edição 2012, o prêmio será distribuído da seguinte maneira: na categoria Conjunto da Obra, o prêmio será de R$ 120 mil; para Jovem Escritor Mineiro, R$ 42 mil; para Ficção (conto) R$ 25 mil; e para a categoria Poesia, R$ 25 mil.
Neste ano, o conto é o gênero premiado na categoria Ficção. Podem se inscrever escritores com idade mínima de 18 anos, iniciantes ou profissionais, desde que nascidos (ou naturalizados) e residentes em território nacional. A obra deve ter, no mínimo, 80 páginas. O vencedor ganhará um prêmio de R$ 25 mil.
Para participar, o interessado deverá protocolar sua obra conforme as disposições do Edital no Suplemento Literário de Minas Gerais ou enviá-la pelo correio para o seguinte endereço: Suplemento Literário de Minas Gerais - Avenida João Pinheiro, 342, Bairro Centro, Belo Horizonte/MG - CEP 30130-180. (Será válida a data da postagem, feita até o último dia de inscrição).
DESTAQUES - O Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura foi lançado em dezembro de 2007, para promover e divulgar a literatura brasileira, reconhecendo grandes nomes nacionais e abrindo espaço para os jovens escritores mineiros. O prêmio é dividido em quatro categorias: I - Conjunto da Obra (homenagem a um escritor brasileiro em atividade), II - Poesia, III - Ficção e IV - Jovem Escritor Mineiro. Nas categorias Poesia e Ficção, o Prêmio é aberto a escritores iniciantes e/ou profissionais, maiores de 18 anos, nascidos e residentes em território nacional. Já a categoria Jovem Escritor Mineiro é restrita a pessoas com idade entre 18 e 25 anos, nascidas em Minas Gerais ou residentes no Estado há pelo menos cinco anos.
Em todas as categorias, as obras não podem ter sido publicadas anteriormente, seja de forma impressa ou virtual.
Na edição 2012, o prêmio será distribuído da seguinte maneira: na categoria Conjunto da Obra, o prêmio será de R$ 120 mil; para Jovem Escritor Mineiro, R$ 42 mil; para Ficção (conto) R$ 25 mil; e para a categoria Poesia, R$ 25 mil.
Neste ano, o conto é o gênero premiado na categoria Ficção. Podem se inscrever escritores com idade mínima de 18 anos, iniciantes ou profissionais, desde que nascidos (ou naturalizados) e residentes em território nacional. A obra deve ter, no mínimo, 80 páginas. O vencedor ganhará um prêmio de R$ 25 mil.
Para participar, o interessado deverá protocolar sua obra conforme as disposições do Edital no Suplemento Literário de Minas Gerais ou enviá-la pelo correio para o seguinte endereço: Suplemento Literário de Minas Gerais - Avenida João Pinheiro, 342, Bairro Centro, Belo Horizonte/MG - CEP 30130-180. (Será válida a data da postagem, feita até o último dia de inscrição).
DESTAQUES - O Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura foi lançado em dezembro de 2007, para promover e divulgar a literatura brasileira, reconhecendo grandes nomes nacionais e abrindo espaço para os jovens escritores mineiros. O prêmio é dividido em quatro categorias: I - Conjunto da Obra (homenagem a um escritor brasileiro em atividade), II - Poesia, III - Ficção e IV - Jovem Escritor Mineiro. Nas categorias Poesia e Ficção, o Prêmio é aberto a escritores iniciantes e/ou profissionais, maiores de 18 anos, nascidos e residentes em território nacional. Já a categoria Jovem Escritor Mineiro é restrita a pessoas com idade entre 18 e 25 anos, nascidas em Minas Gerais ou residentes no Estado há pelo menos cinco anos.
Em todas as categorias, as obras não podem ter sido publicadas anteriormente, seja de forma impressa ou virtual.
Sobre Livros e Autores: Fevereiro - Geraldo Roberto da Silva
Sobre Livros e Autores: Fevereiro - Geraldo Roberto da Silva: Geraldo Roberto da Silva é artista plástico, diretor de teatro, professor universitário. Vamos conhecer sua faceta de escritor. Trata-se...
Sobre Livros e Autores: Sobre Livros e Autores: Segundo Neto - Martha Tava...
Sobre Livros e Autores: Sobre Livros e Autores: Segundo Neto - Martha Tava...: Sobre Livros e Autores: Segundo Neto - Martha Tavares Pezzini : Segundo Neto Olho o passado e me parece estar vivendo tudo de n...
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Fevereiro - Geraldo Roberto da Silva
Geraldo Roberto da Silva é artista plástico, diretor de teatro, professor universitário. Vamos conhecer sua faceta de escritor. Trata-se de um conto: Fevereiro - que constará de um livro a ser lançado em breve.
FEVEREIRO
26 de fevereiro (de manhã):
Pouca
gente no enterro. Quem, porventura, sentiu a falta de Rosângela compreendeu.
Deu razão.
No
céu – azul sem nuvens – daquela manhã no cemitério, uma gaivota sem bússola fez
voltas e voltas, sem saber que rumo tomar. Decidiu-se pelo norte. Pelos seus
olhos, vendo de cima, a estrada negra e longa de asfalto parecia um novelo
desenrolando-se, sem ter fim. É provável que a extensão do alcance de sua vista
pudesse perceber, lá de cima, em algum instante do seu caminho, um carro
Brasília verde, indo também naquela direção. Norte.
25 de fevereiro (9 horas da manhã):
Quando
Vicente Menezes torceu a direção para a direita, pisou no acelerador e deixou
que o ônibus esmagasse a multidão na calçada, deve ter se sentido como um homem
que pisava, revoltado, as flores delicadas de um canteiro. Quem pudesse contar
diria que, minutos antes, parado no sinal, ele olhava para a rua em frente, com
os olhos perdidos de alguém que estivesse em transe. Quem pudesse
saber diria que ele fechou os olhos e arremeteu o veículo, com o mesmo estado
de embriaguez mental com que um louco gira o tambor e aciona a esmo, o gatilho
numa roleta russa. Outros talvez dissessem que ele o fez gritando e com os
olhos esbugalhados de um possuído. Seriam versões. Meras versões de um fato. O
que se lembra, e isso era certo, é que aquela manhã era uma das mais quentes de
fevereiro.
Os
vidros da loja não foram suficientes para deter a máquina desgovernada que
irrompeu calçada acima, debaixo de gritos, espanto e terror. Metade do ônibus
invadiu a loja. Entrou, sem pedir licença, derrubando manequins, embaraçando-se nos panos e
arrastando consigo um cheiro de corpos, de sangue e de pneu queimado.
A
quilômetros dali, naquele dia, naquela hora, Rosângela Menezes acordou
assustada do cochilo inquieto, no banco da frente da Brasília verde, ao lado de
Élton, que dirigia em busca de um horizonte novo.
“O
que foi?”, perguntou ele.
“Um
sonho ruim.”, ela respondeu.
“A
menina está agitada. Vê o que está acontecendo com ela”, disse ele, passando
por cima de todas as miragens que evaporavam do asfalto negro e sem despregar
os olhos da estrada interminável que tinha à sua frente. Fazia muito calor.
“Perdeu
o bico.”, respondeu Rosângela. Acomodou-a melhor, procurando tapar seu rostinho
com uma fralda, e tranqüilizou-se, quando ela fechou os olhos novamente e voltou
a dormir.
“Tente
dormir de novo. Ainda temos muito chão pela frente.” Élton falou para
Rosângela, tentando ser gentil, mas sem esconder a irritação com o calor e com
os buracos da estrada malcuidada.
“Não
consigo, Tou agoniada!”, Rosângela respondeu acendendo um cigarro e deixando
que seus olhos se perdessem na paisagem monótona de pastos e de vacas. No
imenso céu azul em frente, uma única e volumosa nuvem em forma de caramujo
lembrou-lhe dias esquecidos da infância, quando, para se distrair, adivinhava o
que as formas das nuvens queriam representar.
Rosângela
ligou o rádio do carro. Parou na estação preferida. O noticiário sucedeu uma
música e trouxe a notícia. Entre detalhes confusos e a voz nervosa do repórter
que cobria o fato, sobrou uma certeza: o ônibus era o 212. O ônibus de Vicente.
Não dizia quem e quantos morreram. A notícia atingiu Rosângela como um coice de
mula.
Élton
foi compreensivo. Fez o retorno e o caminho de volta. Rosângela não enxergou
mais nuvens, nem pastos verdes pontilhados de vacas. Chegaram no comecinho da
noite. O telefonema que ela havia dado do posto da polícia rodoviária para uma
vizinha da rua confirmara. Era Vicente. Não deu tempo à vizinha de falar se
Vicente havia morrido.
Foram
direto para a Santa Casa de Misericórdia. Élton ficou com a menina no carro e
Rosângela foi enfrentar os corredores frios. Espremidos nos corredores, os
parentes vítimas – as flores esmagadas do canteiro – choravam desesperados,
tentando inutilmente interpretar os azares do destino. Uma enfermeira deu a
notícia já sabida: “Vicente morto.”. Foi ao prédio contíguo, o IML. Outra
enfermeira lhe entregou o relógio e a carteira com os documentos. Amassado,
entre a sua foto e a da filha, o bilhete que ela deixara, antes de ir embora
com Élton. Não lhe deixaram ver o corpo naquele momento. Alguém a ajudou a se
sentar num banco e abriu as janelas para que ela respirasse ar puro. Um cheiro
de madressilva que o vento trouxe da rua ajudou-a a se recompor do choque.
Rosângela
respirou fundo e lembrou uma tarde distante, num domingo, no parque, quando
Vicente lhe comprou flores e andaram os dois, no lago, de pedalinho, como duas
crianças. Lembrou também seu choro de homem derrotado numa noite de outubro,
quando vendeu a casa para pagar uma dívida de jogo. Lembrou-se de quando beber
deixou de ser ocasional para ele, para ser uma fuga do desespero. Lembrou-se do
primeiro tapa...
Então
chorou forte. Chorou um choro tão forte e de tanta revolta, porque descobria
quão pouco espessas eram as cicatrizes que cobrem as feridas da alma. Pensou no
marido morto e não conseguiu evitar, para si, uma culpa indireta por tantas
vidas decepadas no desastre.
Um
cheiro forte de formol evadiu-se pelas frestas das portas. Sentiu uma leve
tontura. Quis ir embora, para longe. Teve forças ainda para localizar no
corredor o cunhado Walmir, que ouviu, compreensivo, pedir que ele tomasse as
providências para o enterro. Walmir, com a alma tonta pela perda do irmão, não
teve forças nem argumentos para cobrar qualquer coisa da cunhada.
Quando
Rosângela voltou ao carro, a menina estava acordada e brincava com Élton no
jardim. Tomou-a nos braços e pediu a Élton que as levasse embora, para onde ele
escolhesse, desde que fosse bem longe.
Recomeçaram
de novo a viagem. Élton retomou a mesma estrada, com o mesmo calor das horas
dos dias. A noite era tão quente, quanto.
Rosângela
sentiu, que, devagar, a opressão desafogava-se do seu peito, e passou a mostrar
à filha os vaga-lumes que acendiam luzinhas nas sombras da noite. Aos poucos,
preguiçosa, uma lua redonda e gigante, arrastando seu passo lento no céu, abriu
uma luz de cinema que clareou toda a estrada e pareceu lavar o imenso tapete de
asfalto que conduzia os três para uma vida nova.
26 de fevereiro (comecinho da
tarde)
A
Brasília verde, insistente e corajosa, engolindo o asfalto da estrada. Continua
o calor forte de fevereiro. Nenhuma nuvem no céu, nenhuma esperança de chuva.
Da janela do carro, no colo da mãe, encantada, uma garotinha olha no céu uma
gaivota branca, única presença estranha contaminando aquele azul.
GERALDO ROBERTO DA SILVA
Artista plástico e animador cultural
tel: 05392414491
e-mail: geraldoroberto@gmail.com
Artista plástico e animador cultural
tel: 05392414491
e-mail: geraldoroberto@gmail.com
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