segunda-feira, 29 de outubro de 2012

29 de outubro - dia do livro

                              

                        29 de outubro - Dia do Livro
              
         

                              
                              
                                 
                               

sábado, 27 de outubro de 2012

Aula na Biblioteca

A Biblioteca Estadual Luiz de Bessa promove mais uma Aula na Biblioteca. É uma ótima oportunidade para quem gosta do tema que é apresentado. Se você nunca participou, vale conferir! - Marthadicionar legenda

domingo, 21 de outubro de 2012

Nilto Maciel: Com Regine Limaverde em Budapeste

Nilto Maciel é um dos grandes escritores cearenses. Adoro essas suas crônicas narrando aventuras! Ele encontra a maneira exata de misturar o lírico, o divertido e o irônico!

Martha

Veja esta e outras crônicas sensacionais no seu blog:

 


 

Com Regine Limaverde em Budapeste  

 (Nilto Maciel)



Hoje meu dia dedicarei às mulheres. A primeira delas é Regine Limaverde, que me mandou exemplar autografado de seu novo livro, Eternas lanternas do tempo. Não pude comparecer à livraria onde ocorreu o lançamento (precisei visitar um doente, pai de um amigo). A segunda é Krisztina Jakabos. E que as une? Nada, a não ser a circunstância de serem minhas amigas e poetisas.
        Então voltemos a Regine, que é brasileira (cearense) e mora pertinho de mim: separam-nos apenas uns dez quilômetros. Doutora em Microbiologia, entende de seres minúsculos (como os homens), mas também de seres maiúsculos (como os deuses). E traduz todo o seu entendimento em pérolas: “E eu te olhava / te adorando como a um Deus / me esquecendo. Que loucura (!) / que és humano como eu”.
E Krisztina Jakabos? De quem se trata? Por que aparece aqui? Darei respostas precisas. Fui ao Velho Mundo (nem sei se ainda se usa esse termo), em setembro passado. E levei comigo Regine. Não, não levei a poetisa; levei as Eternas lanternas. Cheguei a Budapeste no meio da manhã. Mal visitei o quarto do hotel, saí logo a caminhar. Queria conhecer o Rio Danúbio, o Castelo de Buda, a Praça dos Heróis. Fotografei águas novas, paredes antigas, histórias e geografias. Caminhei, marchei, andei, errei. Ufa!
Cansado de ir e vir, abanquei-me para um café ou um gole de álcool. Almoçaria mais tarde. E avistei umas pernas em passo lento. Segui-as até onde foi possível alcançá-las com a vista, sem sair do lugar. A dona das pernas deve ter percebido o movimento de meus sentidos, que mulher tudo percebe. Abri o impresso de Regine: “Voltei à nossa casa para buscar tua última vestimenta”. Saltei páginas, aleatoriamente: “De onde surgiste? / Dos trigais maduros? / Das dálias perfumadas? / Das noites ou alvoradas?”.  Pois logo, e misteriosamente, sentou-se, ao meu lado, a dona daquelas pernas budapestinas. Assustado (ou perplexo) e, ainda com a poesia diante do nariz, virei o rosto para ela. Pus-me a ler, em voz alta: “Para onde iremos sem corpo?” Ela sorriu e falou. Nada entendi. Ou entendi o sorriso. Foi quando me lembrei de Lima Barreto, daquele saborosíssimo “O homem que sabia javanês”.
Logo depois, arranjei um tradutor. Como isto se deu? Dirigi-me a uma livraria, pela mão de Krisztina (com gestos, ela se dissera escritora). Apresentou-me Miklós Szabo. Os leitores dirão: “Estás a nos enganar, pois disseste que hoje o dia seria só das mulheres”. Infelizmente (ou felizmente), nem só de mulheres vivem os homens. Pois aquele Miklós é brasileiro. Minto. Nasceu na Hungria e viveu no Brasil por alguns anos. E até sabia de mim: “Li um livro seu”. Deve ter mentido, pois mentiroso é, como pude constatar. Entretanto, não me estenderei neste assunto, para não fugir do meu propósito original de dar notícia da obra de Regine Limaverde. E para não falar de homem, principalmente de mau caráter.
Aqui começa a verdadeira trama (não direi macabra, que não sou exagerado) desta crônica: Miklós me ludibriou à vontade, roubou-me cerca de mil euros e ainda me levou a belíssima Krisztina Jakabos. “Ora, ora!” dirão os leitores. “Que nos interessam os seus fracassos amorosos, as suas estroinices imaginárias, as suas petas de escritorzinho sem talento?” Mesmo assim, não deixarei de ser fiel aos fatos. Fomos a um restaurante e lá combinamos o seguinte: o rapaz (desempregado) seria o tradutor de nossas falas (minhas e da moça). Mostrou-se tão satisfeito com o “emprego” (garantia de refeições, passeios e boas companhias) que se ofereceu para traduzir os poemas de Regine. Tradução oral, sem compromisso com a poética ou a literariedade. Concordei com a proposta. Afinal, os poemas não me pertenciam e eu não representava a poetisa.
Passamos mais de uma hora no restaurante. À noite, perdemos (ou perdi) mais duas ou três horas em conversação luso-magiar. E outras tantas nos dias seguintes. Não sei se Miklós traduziu “corretamente” os tantras de minha conterrânea. Talvez não fosse (ou não seja) capaz de inventar poesia. Seja como for, Krisztina sorria, batia palmas, demonstrava alegria de ouvir os versos traduzidos. “Ela está gostando muito da arte de sua amiga”, dizia-me ele. O interesse dele seria outro. Sim, leitores, ele queria a bela húngara. E, no final, descobri tudo: Ele me traiu, me fez de palhaço, me arruinou. Todas as minhas palavras ele modificava. “Estou gostando de você” virou “Desculpe, mas não aprecio mulher”. Como eu soube disso? Ao nos despedirmos, ela me entregou um escrito (espécie de carta), no qual relatava a sua decepção comigo. Consegui a tradução no Brasil, com outro filho da Hungria. Porém, disso ou dele não direi mais uma só palavra. A seguir, vieram as mensagens por correio eletrônico.
Como se pode verificar, meu “amigo da onça” europeu guarda alguma semelhança com o personagem de Lima Barreto. De certa forma, agiu à maneira de Castelo, que se fez passar por professor de javanês. Pois Miklós (que deve ter mesmo noções de sua língua) me embaiu direitinho. Comportou-se tal e qual o Castelo, em relação ao coitado Manuel Feliciano Soares Albernaz, o Barão de Jacuecanga.
Apesar de tudo, estou feliz. Deixei cópia da publicação de Regine com Krisztina e passei a me corresponder com a moça de Budapeste. Prometi-lhe um mês (do próximo ano) de aventuras pela Amazônia e uma tradução de seus poemas para o português. E sabem qual o título que ela escolheu (ofereci-lhe cinco opções)?  Vejam só: Quero a vida na qual estavas. É o título de um poema de Regine Limaverde, com epígrafe de Linhares Filho. Querem ler o poema? Digo-lhes um verso: “Que vida é essa que escapa feito areia por nossas mãos?”
Fortaleza, 12 de outubro de 2012.

MarthaTavares Pezzini
Sobre Livros e Autores - marthatavaresspf.blogspot.com

sábado, 20 de outubro de 2012

Só faltava...




Se você é do tipo que compra um livro e deixa na estante à espera de um tempo para ler, a coleção da editora Eterna Cadência não serve para você. Essa editora argentina criou um tipo de livro que não pode ser deixado às traças, pois depois de alguns dias, a obra desaparece. Tal efeito fantasma ocorre graças a tinta usada em sua impressão que tem a duração de apenas dois meses. O nome da coleção: “O Livro Que Não Pode Esperar”.




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PRIMÁRIA - O Essencial da Atenção Primária à Saúde







    


Tenho o prazer de apresentar esse magnífico trabalho que é o livro do Dr. Igor de Oliveira Claber Siqueira.
Dr. Igor é médico de  Família e Comunidade em Caratinga, MG, e professor da Faculdade de Medicina de Caratinga. 
Parabéns ao Dr. Igor e sucesso na sua missão na África.  
Martha tavares Pezzini

Comentário e apresentação do Dr. FernandoAntônio Freitas Vieira: 

 “Este livro escrito pelo nosso colega

Igor com uma linguagem acessível, mesmo para quem não é profissional da saúde, não pode deixar de ser lido sobretudo por nós médicos. Além de um texto de leitura muito agradável o livro é ilustrado com fotografias de "encher os olhos". Os interessados podem entrar em contato com o Igor pelo email: claber_igor@ig.com.br , a preço de 50 reais. Com esta aquisição estaremos nos presenteando e ajudando o Igor em trabalho humanitário a partir de janeiro no continente africano. Fica a dica.” Fernando Antônio Freitas Vieira.





"...Apesar de todo o avanço, algo parecia ter se perdido. Numa estranha dicotomia, a mesma medicina que fazia grandes descobertas parecia fechar os olhos para a importância do paciente, da família e da comunidade. ... Necessidades como afeto, compreensão, apoio, atenção e informação se tornaram de menor importância." 

Claber,Igor.Primária. FUNEC Editora. 2012




claber_igor@ig.com.br  

marthatavaresspf.blogspot.com


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Colegas - Filme do diretor Marcelo Galvão



"Colegas" é o sensacional  filme do diretor Marcelo Galvão.Uma história comovente vivida por  atores com síndrome de Down. "Entre os 48 filmes inscritos no festival esse é único que possui  recurso de audiodescrição, que garante o acesso às informações visuais da obra a pessoas cegas e com baixa visão, além de beneficiar pessoas com síndrome de down, problemas neurológicos e dificuldade de memorização"

Destaque, também para a fotografia de Rodrigo Tavares. Estaremos aguardando com enorme espectativa o lançamento nos cinemas. Parabéns a toda a equipe por esse trabalho.

Martha Tavares Pezzini

 

 

Do Fique Linkado

 

Coletiva de “Colegas” no 40º Festival de Gramado, com Juliana Didone, Marcelo Galvão, Ariel Goldenberg e Rita Pokk

No início da tarde desta terça-feira, 14 de agosto, Juliana Didone, Ariel Goldenberg, Rita Pokk e Marcelo Galvão se reuniram com a imprensa para falar sobre “Colegas”, filme participante da Mostra Competitiva de Longas Nacionais.
“Colegas” é um filme que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida através dos olhos de três jovens com síndrome de Down. São eles: Stalone, Aninha e Márcio. Um dia, inspirados pelo filme ‘Thelma & Louise’, resolvem fugir no carro velho do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Marcio quer voar e Aninha busca um marido pra se casar. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras confusões e aventuras como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.
O diretor do filme, Marcelo Galvão, contou sobre a dificuldade em captar recursos para a produção. “A maior dificuldade que eu tive foi na hora de captar recursos. Eu achava que ia ser diferente, porque estou falando de inclusão social, mas muitas empresas vieram com a desculpa de que estariam associando a marca deles à síndrome de down e não seria legal”, disse Marcelo comentando que  essa ainda vem sendo a nossa maior dificuldade que eles enfrentam.
Ao falar sobre o roteiro, o cineasta revela que não teve dificuldades em desenvolver o texto: “Eu fui criado com uma pessoa que tem síndrome de down, então de certa forma é um assunto que eu domino. Eu sei do improviso deles, se eu por uma câmera na frente deles e a gente começar a conversar, sei que vai sair muita coisa boa dali”, revela.
Mais de 300 garotos foram testados e foram feitos vários ensaios durante quatro anos. “O Ariel e a Rita foram ensaiados dentro da produtora toda semana. Nem tanto porque precisavam ser ensaiados, mas  para que o sonho não acabasse. O Ariel traz muito isso, ele pergunta quando vamos fazer, quando vamos para o festival, quando vamos ganhar um Oscar. Ele tem esse sonho dele e isso fez com que a gente acreditasse”, conta Marcelo.
Entre os 48 filmes inscritos no festival esse é único que possui  recurso de audiodescrição, que garante o acesso às informações visuais da obra a pessoas cegas e com baixa visão, além de beneficiar pessoas com síndrome de down, problemas neurológicos e dificuldade de memorização.
A intensão de Marcelo Galvão e do produtor Marçal de Souza é dar oportunidade para que as pessoas com deficiência visual possam assistir os filmes no cinema. “É preciso da ajuda do exibidor”, comenta Marçal, cego à oito anos. Mesmo que o recurso não seja possível nos cinemas, Marcelo e Marçal disseram que o DVD contará com o recurso de descrição e libras.
Esse é o primeiro filme de que Juliana Didone participa, a atriz contou que está muito feliz de tê-lo feito e acredita ter começado com o pé direito. “Foi incrível fazer, é uma experiência de vida que eu vou levar por toda a minha carreira. Eu já tive um namorado que o irmão dele tem down, então eu já tive um pouco de convivência, mas ficar ali diariamente durante um tempo com eles, conversando e esperando foi muito bom”, Juliana revela.
A atriz disse que ela não chega a contracenar com os atores com síndrome de down, mas conviveu com eles durante as filmagens o que  acabou criando um carinho muito grande entre eles. “São pessoas muito espontâneas, não tem as máscaras que a gente coloca às vezes”, ela comenta.
Um dos grandes destaques do filme é a sua fotografia, realizada por Rodrigo Tavares que pegou como referência “Toy Story” da Pixar. “Desde o início quisemos trabalhar com planos muito abertos, queríamos um estilo Disney mas não tão colorido, então acabamos escolhendo como referência ‘Toy Story’, da Pixar”, contou.
Rodrigo fala ainda sobre o que a fotografia de um longa metragem representa pra ele: “Na minha cabeça, a fotografia está lá para contar o filme. Não tem nenhuma função além de ajudar a contar a história da melhor maneira possível. Então se você cria um conceito, cria uma cara para esse projeto. Por mais que você se depare com um cenário maravilhoso, uma luz que está perfeita, se aquilo não faz parte do que você estabeleceu para o projeto, você não pode usar aquilo”, finaliza.
“Colegas” tem previsão de estreia para 09 de novembro.

Martha Tavares Pezzini
Sobre Livros e Autores
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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura

Lançado edital do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura


Como forma de incentivar a produção literária mineira e brasileira, a Secretaria de Estado de Cultura (SEC), por meio da Superintendência de Publicações e do Suplemento Literário (SPSL), lança o Edital 2012 do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura. Em sua quinta edição, o prêmio distribuirá R$ 212 mil para as categorias Conjunto da Obra; Poesia; Ficção e Jovem Escritor Mineiro. As inscrições podem ser realizadas de 1º de agosto a 30 de setembro.
Na edição 2012, o prêmio será distribuído da seguinte maneira: na categoria Conjunto da Obra, o prêmio será de R$ 120 mil; para Jovem Escritor Mineiro, R$ 42 mil; para Ficção (conto) R$ 25 mil; e para a categoria Poesia, R$ 25 mil.
Neste ano, o conto é o gênero premiado na categoria Ficção. Podem se inscrever escritores com idade mínima de 18 anos, iniciantes ou profissionais, desde que nascidos (ou naturalizados) e residentes em território nacional. A obra deve ter, no mínimo, 80 páginas. O vencedor ganhará um prêmio de R$ 25 mil.
Para participar, o interessado deverá protocolar sua obra conforme as disposições do Edital no Suplemento Literário de Minas Gerais ou enviá-la pelo correio para o seguinte endereço: Suplemento Literário de Minas Gerais - Avenida João Pinheiro, 342, Bairro Centro, Belo Horizonte/MG - CEP 30130-180. (Será válida a data da postagem, feita até o último dia de inscrição).
DESTAQUES - O Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura foi lançado em dezembro de 2007, para promover e divulgar a literatura brasileira, reconhecendo grandes nomes nacionais e abrindo espaço para os jovens escritores mineiros. O prêmio é dividido em quatro categorias: I - Conjunto da Obra (homenagem a um escritor brasileiro em atividade), II - Poesia, III - Ficção e IV - Jovem Escritor Mineiro. Nas categorias Poesia e Ficção, o Prêmio é aberto a escritores iniciantes e/ou profissionais, maiores de 18 anos, nascidos e residentes em território nacional. Já a categoria Jovem Escritor Mineiro é restrita a pessoas com idade entre 18 e 25 anos, nascidas em Minas Gerais ou residentes no Estado há pelo menos cinco anos.
Em todas as categorias, as obras não podem ter sido publicadas anteriormente, seja de forma impressa ou virtual.