sábado, 2 de abril de 2016

Primeiro de Abril - Martha Tavares Pezzini





“Primeiro de abril! Sua calça caiu! Sua mãe não viu!”
Primeiro de abril é dia de ouvir
Notícias almejadas, ainda que furadas!
Fica aquele gostinho de dúvida...
Pelo sim ou pelo não, num segundo,
Irei ser feliz, por que não?

quinta-feira, 17 de março de 2016

Que todo dia... Martha Tavares Pezzini

Que todo dia seja dia da poesia!
Mas que se comemore sempre no dia 14 de março!

"O poeta pensa com o coração
Enxerga com lente colorida!
Perdido em meio a um turbilhão
de sentimentos, segue pela vida!"


Martha Tavares Pezzini
Por onde andei levei meus sonhos II

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Complementar - Martha Tavares Pezzini



Complementar

O que se passa ao meu redor,
não passa
sem me tocar, lapidar e acrescentar
experiências de humanidade.
Da beleza, do sofrer, da alegria,
Infortúnio, júbilo, energia,
da vida - o pulsar ininterrupto,
do êxtase ao desencanto,
sou parte e sou complemento.
Sou célula ínfima na magnitude
do  Universo.

Martha Tavares Pezzini

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Você é lu-z - Almir Zarfeg

A. Zarfeg: Você é lu-z eu troco o dia pela noite...

Você é lu-z
eu troco o dia pela noite
o certo pelo duvidoso
a borboleta pelo corvo

Você é lux-o
eu troco o Olimpo pelo
tomara que caia
o fio transcenDENTAL...
A. Zarfeg
Na Confraria da Poesia!

Vida I



terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O que é a vida afinal?! - Maria Luiza Vargas Ramos

O QUE É A VIDA AFINAL?!

Não, não me venham com frases feitas, dizendo que é tudo uma questão das nossas escolhas. Nada disso! Raras vezes temos a opção de escolher, geralmente somos levados num torvelinho que nem sabemos aonde vai parar, empurrados daqui e de lá, atendendo a gregos e troianos, pegando as migalhas que caem em nosso prato, sem jamais nos saciarmos e sempre adiando para uma outra encarnação a concretização dos sonhos mais acalentados e mais difíceis de realizar.
Meus professores achavam que eu deveria ser advogada, afinal fui líder de turma em todos os anos que estudei e oradora em todas as formaturas, do Jardim de Infância à Universidade.
Eu queria ser médica e só tirava dez em Biologia, de tanto que gostava. Matriculei-me no Científico e meus pais me chantagearam para fazer junto o Curso Normal e lhes dar “de presente” o diploma de professora primária, até porque meu pai disse que eu não sairia de Alegrete para estudar, pois as moças só iam “se soltar” em Santa Maria ou Porto Alegre e que eu deveria escolher um curso que tivesse na minha cidade. Entre Letras e Economia, a escolha foi óbvia. Mas as opções, convenhamos, eram bem restritas.
Nunca pude ir a uma festa à noite antes de debutar, aos quinze anos. Casei virgem com dezoito anos. Meu vestido de debutante ainda estava novo e servia perfeitamente, poderia até ter usado o mesmo...
Há quem me rotule de quadrada, certinha, de direita demais. Como não ser? Meu pai era da UDN e as regras na minha casa eram muito rígidas. Liberdade só para ler e estudar bastante. Mesmo assim morro de saudades daquele tempo...
Eu queria conhecer o mundo, viajar para tantos lugares, conversar em diversos idiomas com gente interessante, que tem o que dizer!
Deve ser muito bom comer quando se sente fome e dormir quando se tem sono, ao invés de cumprir horários rígidos e estar sempre achando que passou da hora e vai se atrasar.
Ser dona dos meus dias, do meu tempo é uma sensação ou experiência que nunca tive, pois há sempre alguém à minha espera, dependendo de mim para alguma coisa. Primeiro os alunos, os filhos, o marido, os pais e depois os netos.
Nascemos e morremos sós. Alguns passam pela vida também sozinhos, muitas vezes numa solidão asfixiante, sem ninguém para compartilhar o bom e o ruim, nem mesmo para receber a correspondência num prédio sem porteiro.
Na velhice, sobrevive melhor quem partilhou a vida, pois terá mais gente para lhe tomar conta e para segurar as alças do caixão. É a compensação pela individualidade sufocada no seu tempo na terra.
Raramente são escolhas, opções. Poucos escolhem viver sós ou acompanhados, as coisas simplesmente acontecem.
Numa dessas voltas da caminhada, entre triunfos e frustrações, a gente senta numa pedra no meio do caminho, olha pra trás, respira fundo e se pergunta:
- O que é a vida afinal?!


Maria Luiza Vargas Ramos

sábado, 2 de janeiro de 2016

Viagem no Tempo - Martha Tavares Pezzini



..." A casa foi ampliada e as três meninas ganharam um quarto enorme. Já estou mocinha. Na parede uma foto de Tom Jobim, jovem e belo, sentado na areia da  praia, com um violão. Grande Maestro, Antônio Brasileiro. Sempre meu ídolo. Uma coleção de flâmulas dispostas artisticamente, na parede!
 Sobre o toucador, perfumes: Ma Griffe, maravilha, vinda do Rio de Janeiro, não legítimo, imagino, mas quem se preocupa com isto? Pó compacto La Rochel e um creminho que era usado para dar brilho úmido aos cílios, Cilion. Não gosto muito de batons. Só o Café au Lait,  que fica cor de boca."
Martha Tavares Pezzini

Por onde andei levei meus sonhos Vol II (?)