Lincoln Pezzini fala de
Arsênio Flávio de Souza Lima
Conheci
Arsênio em Matozinhos, uma cidade próxima à Belo Horizonte. Ele se mudara para lá e apesar da pouca
idade se integrou ao nosso grupo de amigos. Num tempo em que
começavam a surgir as chances para o progresso intelectual nas pequenas
cidades do interior, éramos considerados a elite cultural, numa
localidade onde poucas pessoas haviam tido chance de estudar.
No início da Escola Nossa Senhora de Fátima e depois do Colégio Estadual, todos nós fomos professores: Arsênio lecionou Português, por pouco tempo; Antônio, lecionava Matemática e eu, Geografia (tema que sempre me apaixonou) e até mesmo Matemática.
No início da Escola Nossa Senhora de Fátima e depois do Colégio Estadual, todos nós fomos professores: Arsênio lecionou Português, por pouco tempo; Antônio, lecionava Matemática e eu, Geografia (tema que sempre me apaixonou) e até mesmo Matemática.
Nessa convivência,
Arsênio já se destacava pela sua capacidade literária e principalmente,
poética. E das nossas longas conversas surgiu a idéia de
fundarmos um jornal em Matozinhos. O nome escolhido foi Alfarrábios -
por acaso, sugerido por mim. O jornal circulou por alguns anos com a
participação dos quatro diretores:
- Arsênio Flávio de Souza Lima
- Lincoln Pezzini
- Antônio de Pádua Drumond
- Celso Santos
Em
1964, Arsênio lançou seu livro de poemas Visão , onde homenageia
Matozinhos que chama de “seu segundo lar”.
Naquela
cidade que ele tanto amava, um trágico acidente colocou um ponto final na sua
curta vida e trajetória poética.
Lincoln
Pezzini, maio, 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário