Guarapari
“ Ninguém poderá sonhar,
Nem viver o que eu vivi,
Longe dessa maravilha
Que se chama Guarapari!”
A festa começa quando entramos no Estado do Espírito Santo. Eu que amo
montanhas deixo as de Minas e me deleito com as capixabas. O tempo todo estou
olhando para cima. São lindas. A pedra Azul, a gente passa ainda na estrada e
nem sei se é mineira ou capixaba, parece que está sendo escalada por um enorme
réptil. E para quem passar por Cachoeiro do Itapemirim verá a beleza encenada
pela pedra do “Frade e a Freira”
Chegando
em Guarapari só pensamos em descansar para pegar praia no dia seguinte.
Afinal não temos mar...
Manhã toda feita de luz e cor, perfeito capricho do Criador,
festa preparada para nosso deleite. Acordo ouvindo o som das ondas batendo nas
pedras e o retorno das águas após deixar na praia, conchas e algas. Como se Netuno regesse uma sinfonia
eterna com os mais puros acordes e o
mar, majestoso gigante cumprisse seu destino de traze-la até nós com seu
incansável movimento.
Abro a janela. Sons e imagens de um cenário de rara beleza
invadem meus sentidos. O sol subindo do horizonte, parece um medalhão de fogo suspenso por corrente invisível, espalhando profusamente todo o seu esplendor pela imensidão prata-verde-azul-lilás das
águas. Núvens contornadas de fogo
passeiam devagar, levadas pelo suave sopro da brisa marinha, enquanto outras
parecem incendiadas, como se fossem
explodir.
Pego um chapéu, minha câmera e saio para um passeio pela Praia das
Castanheiras. Deslumbrada e inebriada
pelo delicioso ar marítmo, ando, descalça, pisando a areia molhada
sentindo o prazer da sua massagem nos meus pés a cada passo... Vou parando para catar
conchinhas que sempre me encantam pelas
cores, formas e tamanhos, nacaradas ou
não. Cada uma é um tesouro único. Selecionadas, serão transformadas em colares
e pulseiras.
Nada a pensar, absorta na
plenitude daquele momento, apenas saboreando a vida imersa em energia e
encantamento.. Se o vento soprar um pouco mais creio que flutuo como uma pluma,
tão leve e solta me sinto, partícula intrínseca da natureza.
Depois da caça ao tesouro,
caminho mais um pouco sentindo o calor do sol e a carícia da brisa. Chego a
pensar que há uma cumplicidade entre o sol e o vento. Um a nos queimar e a outra a soprar amenizando o ardor...
Paro para tomar água de côco, delicia refrescante e
revigorante entre tantas dádivas do Criador aqui reunidas. Peroá assado. Resistir, quem há de? E o
bolinho de mandioca da
Ando um pouco mais, minha
Rolley registrando tudo. Momentos
gravados na câmera e nas retinas.
Viver longe do mar é nostálgico. Por isso
temos necessidade de voltar sempre e deixar para trás a rotina, preocupações
e neuras
Um retorno à mágia e o encantamento perto do mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário