sexta-feira, 9 de abril de 2021

Pedro Du Bois se foi. Sentida perda.

 

 Ontem, 08 de abril, postei um pequeno comentário sobre o destacado contista e poeta, Pedro Du Bois. Sem saber que 02 dias antes ele havia nos deixado, vítima da Covid 19. Sou grata pelo seu contato quando era ainda totalmente desconhecida e pelos poemas que me enviava regularmente. O drama e a dor vivida  por seus familiares se prolonga com a perda tembém da sua mulher, a escritora Tânia Du Bois, ocorrido 04 dias antes do marido. Deixo aqui meus sentidos pêsames por estas perdas, que compartilho com seus amigos, familiares e todos que admiravam seu trabalho, sua arte. Que Deus conforte os corações. 

Martha Tavares Pezzini

 Pedro Quadros Du Bois, ou simplesmente Pedro Du Bois, (Passo Fundo, RS, 1947) é poeta e contista brasileiro.[1] Reside em Balneário Camboriú, SC.

Bastante referenciado na mídia especializada,[2][3] foi o vencedor do Prêmio Literário Livraria Asabeça, categoria poesia, pelo livro Os objetos e as coisas(Editora Scortecci, São Paulo, 2005);

Também se classificou no 13° Prêmio Poemas no Ônibus (2005), da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, com Posse.

É editor-autor com diversas obras registradas e depositadas junto à Biblioteca Nacional, membro da Academia Itapemense de Letras e do Clube dos Escritores Piracicaba; participante do Projeto Passo Fundo, através do qual editou Brevidades, Via Rápida e Iguais, poemas, além de Em Contos.

blog: pedrodubois.blogspot.com.br

 (Texto Wikipédia)



quinta-feira, 8 de abril de 2021

Pedro Du Bois

 

Pedro Du Bois, é contista e poeta dos bons. De Passo Fundo, RS. Vencedor do 4º

Prêmio Literário Livraria Asabeça em São Paulo com o livro Os objetos e as coisas – Scortecci, S.P. 2005. Suas publicações são artesanais, e em números reduzidos, não sendo comercializados. Publica em sites e blogs de Literatura. No início desse blog tive a satisfação de publicá-lo várias vezes e de tê-lo entre os seguidores. 

 História

 

Revemos a história

como lavamos a roupa

branqueando atos acontecidos

com puros e brilhantes protagonistas

 

não há história no que passa

para nós: apenas outra novela

para mero entretenimento

 

sem condicionantes

sem circunstâncias

sem ambivalências

sem lógico raciocínio

nem cartesiana apreciação

 

páginas e páginas recheadas

do que acham que houve em

amareladas páginas oficiais.

Pedro Du Bois

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Galeria II - Leitores

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e área interna
Maria Clareti M Fonseca

  • Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas, área interna e texto que diz "40 MARTHA TAVARES PEZZINI Além dagueles montes verdes PROSAE VERSO"
    Jane Boroni

Pode ser uma imagem de 1 pessoa, livro e texto que diz "MARTHA TAVARES PEZZINI dagueles Al ém Além montes verdes VERSO"
Maria Helena Ferreira

 

 Galeria II

 Leitores e o livro Além daqueles montes verdes.

Maria Célia A Rios
                                          
                        Danilo Dias Adv


Renata Rios


Jane Lopes

terça-feira, 6 de abril de 2021

Enquanto espero o futuro - Adriana Pezzini

 

 Adriana Pezzini: "Me descubro vulcão, nascente e asas,
enquanto espero o tempo da erupção, do desaguar e do voo."
 
Enquanto espero o futuro 
          
Enquanto espero o futuro, arrumo a casa.
Encontro tesouros esquecidos no fundo dos armários.
Revejo a criança que fui e me assusto por ser o futuro dela.
Enquanto espero o futuro,
Cozinho, cuido do jardim,
medito e me exercito.
Trabalho
Trabalho
Trabalho e sonho...
Revisito a minha alma e ela sonha com o futuro.
Vivo o presente com intensidade:
essa sou eu!
E sou também o futuro do que fui.
E isso é, a um só tempo, genial e assustador.
Limpo gavetas, abro espaço,
arejo meus porões.
Me descubro vulcão, nascente e asas,
enquanto espero o tempo da erupção, do desaguar e do voo.
E me compadeço de quem é ainda mais pele do que eu.
Meu passado conhece o meu futuro e meu presente sonha em conhece-lo.
E minha espera sonha:
No futuro tem barraquinhas de São João, conversas intermináveis em torno de fogueiras, esquinas e corações.
Conversas e brindes, brindes e afetos, e viagens...
Ah, as viagens!
Contemplo a rota dos aviões enquanto espero por elas.
Elas estão no futuro...
E enquanto espero pelo futuro, converso com as minhas urgências e tento apaziguá-las.
Lembro a elas que também sou futuro que se concretiza a cada dia.
O futuro idealizado terá que esperar...
E não será isso o futuro, senão a espera do presente?
Meu presente, então, acolhe o passado e espera o futuro.
Ensaia gestos, palavras, olhares, abraços.
E transborda em insônia e escrita,
Enquanto espero o futuro...
 
Adriana Pezzini
06/04/2021
Enquanto eu e o outono esperamos a primavera...