domingo, 6 de março de 2011

A IMPRENSA DE ANTIGAMENTE

 
A IMPRENSA DE ANTIGAMENTE 
               
Por Symphronio Veiga

Antigamente, a relação entre repórteres e copidesques (o profissional de redação com a função de adequar textos de matérias para publicação) nem sempre era pacífica. Repórteres reclamavam das modificações nos textos muitas vezes distorcendo o contexto das matérias.
Mas, havia raros copidesque perfeitos no trabalho, como Geraldo Mayrink, que começou sua carreira na década de 60, trabalhando no Diário de Minas a convite do chefe Fernando Gabeira. Mayrink faleceu aos 67 anos, vítima de um câncer. Ele era diferente dos demais copies: conversava com os repórteres no momento da correção das matérias e o entrosamento era total, sem reclamações.

No final da década de 70, o professor e filólogo Ayres da Matta Machado mantinha coluna no jornal Estado de Minas com o nome 'Escrever Certo'.

Naquele tempo, quem fazia a revisão nas matérias era o secretário do jornal, Odair de Oliveira, um sisudo copidesque, incorrigível, isto é: irrepreensível na função. Sistemático, Odair chegava para trabalhar exatamente às 13 horas, assinava o ponto, dirigia-se à mesa, tirava um monte de matérias da gaveta, e começava o trabalho, invariavelmente usando lápis. Seis horas depois, assinava o pondo de saída, houvesse ou não matérias para corrigir.
Por volta das 15 horas chegava à redação o professor Ayres com a coluna em três laudas datilografadas. Dava "boa tarde" ao copidesque, que não respondia e nem olhava para o velho professor, que, humildemente, pedia:
- Odair, corrige só o errado, viu!...  (SV)
// Em Sym.Veiga WEB NEWS <tierra@terra.com.br>
Data: 06 de março de 2011 //

sábado, 5 de março de 2011

Comentário e Crítica sobre o livro Eu, Tiradentes. Autor: Paschoal Motta

       De LAFUT ISAÍAS MUCCI (Rio de Janeiro, RJ). Doutor em Literatura, Professor, Poeta:

“... esse romance singular, que coloco pari passu com A Morte de Virgílio, de Herman Broch; Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar; últimos Dias de Kant, de Thomas de Quincey; Les Derniers Jours de Baudelaire, de Bernard Henri-Lévi. Portanto em excelente  companhia, onde você  brilha.
A Linguagem. Decididamente a linguagem. Cerrada, densa frutífera, como a mais copiosa mangueira. A linguagem em EU, TIRADENTES, arrebata: a vertigem da escritura."


Coleção Clássicos Fantásticos


   Lua de Papel, selo da Editora Leya lançou em 2010 a “Coleção Clássicos Fantásticos”, onde os grandes clássicos nacionais foram reescritos com a adição de ingredientes variados  e principalmente, elementos de ficção. E para ficar ainda melhor  e mais divertido, muito humor.
   Partindo da pergunta : “Como seriam alguns de nossos clássicos se tivessem sido escritos hoje?”
   Temos:
   Dom Casmurro e os Discos Voadores – Lúcio Manfredi
   Senhora, a Bruxa – Angélica Lopes
   O Alienista Caçador de Mutantes – Natália Klein
   A Escrava Isaura e o Vampiro – Jovane Nunes

   Se você conhece a obra original vai se divertir com a adaptação e as analogias mais absurdas.

      Martha

     

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Homenagens a José Saramago


José Saramago

Barcelona preparou vários eventos para homenagear o Nobel Portugês, José Saramago. Destaca-se entre as homenagens, “El Último Cuaderno”, sua obra póstuma.  Com  prefácio escrito por sua esposa Pilar    Del Rio  e por Umberto Eco e reúne os textos que Saramago escreveu em seu blog pessoal, entre 23 de março de 2009 a 02 de junho de 2010, poucos dias antes de sua morte.
 Comentários políticos, reflexões íntimas e opiniões sobre temas diversificados fazem parte do livro.
 Pilar, anunciou, ainda, que a partir  de 18 de março abrirá ao público, a casa de Lanzarote.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Moacyr Scliar

LITERATURA PERDE GRANDE ESCRITOR
Moacyr Scliar acaba de nos deixar. Faleceu nesta madrugada (27/2/2011) em Porto Alegre, sua cidade natal.
         Moacyr Scliar não era só um dos maiores escritores do Brasil, era uma das mais belas pessoas que já conheci. Admirável em sua simplicidade, gentileza e atenção aos amigos e admiradores.
         Foi alfabetizado por sua mãe, Sara Scliar, professora primária, e a partir de 1943 passou a cursar o colégio judaico  Escola de Educação e Cultura em Porto Alegre, em 1948 transferiu-se para o Colégio Rosário, uma escola católica.
         Em 1962, publicou o seu primeiro livro, quando ainda cursava a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: "Histórias de um Médico em Formação." Com grande talento e um incrível poder de observação, nos deixa quase setenta livros. Sua obra reflete um extraordinário conhecimento da tradição judaico - cristã.  Recebeu inúmeros e merecidos prêmios literários e tem livros publicados na Inglaterra, Russia, República Tcheca, Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Israel, Estados Unidos, Holanda , Espanha e Portugal.
Alguns dos seus textos foram adaptados para o cinema e tv.
        Em 31 de julho de 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
        
      Ao escritor e amigo, o meu "Até lá".

   
Sonia Sales

Sonia Sales pertence à Academia Carioca de Letras 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Caçador de Pipas



Quem ainda não leu e se emocionou com esse livro que está sendo considerado como um dos maiores sucessos da literatura mundial dos últimos tempos?
  Mais de 5 anos na lista de bestsellers do New York Times é um indicativo do  impacto
da obra de Khaled Hosseini. Publicado em 42 idiomas.
  Abaixo um resumo:

O romance conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 70. Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre em busca da aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido por coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após desperdiçar a última chance, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas vinte anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.

Faça seu comentário! O que é bom é sempre atual.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Prêmio Leya 2010



Sem Prêmio Leya / 2010

Em reunião, na sede da editora, em Alfragide, o juri do prêmio Leya 2010 decidiu por unanimidade não atribuir o prêmio. Foram apresentadas a concurso 325 obras provenientes, na sua grande maioria, de Portugal e Brasil, havendo também originais provenientes de países como Moçambique, Estados Unidos, Itália e Espanha. O valor do prêmio era de 100 mil euros.

Justificativa do júri:
"Perante originais que, apesar de algumas potencialidades, se apresentam prejudicados por limitações na composição narrativa e por fragilidades estilísticas, o Júri entendeu que as obras a concurso não correspondem à importância e ao prestígio do Prémio LeYa no âmbito das literaturas de língua portuguesa. Em consequência, e de acordo com a alínea f) do art.º 9 do respectivo Regulamento, decidiu por unanimidade não atribuir o Prémio LeYa referente ao ano de 2010.

Alfragide, 29 de Novembro de 2010

Assinado,  por esta ordem:

Manuel Alegre
Carlos Heitor Cony
Rita Chaves
Lourenço do Rosário
Nuno Júdice
Artur Pestana (Pepetela)
José Carlos Seabra Pereira"