terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Walfrido Nascimento - A história pelo avesso


               

           O Avesso, segundo livro de Walfrido Nascimento conta a história da humanidade, pelo avesso, de forma dinâmica e atraente prendendo o leitor do início ao fim. Nascimento descreve como seria a nossa história se os acontecimentos tivessem ocorrido ao contrário, e apresenta uma solução estratégica e um final surpreendente.
     Imagine se no início da nossa história, a África fosse a região mais desenvolvida do mundo e os africanos, os colonizadores do resto dos povos, escravizando a população branca...
           Tudo isso é fruto da imaginação de um engenheiro mecânico que em suas andanças pelo mundo gerenciando obras industriais vivenciou cenas e costumes do cotidiano, por onde passou e que alimentaram sua narrativa.
             Você não pode perder!
          

         Leiam esta sinopse feita pelo autor:
       “O Avesso” é um livro diferente, pois procura mostrar, exatamente o oposto das coisas. Acho que posso dizer que se trata de uma crítica social aos acontecimentos no mundo desde o descobrimento das Américas. Escolhi contar uma história sobre brancos e negros, daí já se percebe o tema humanístico e social no contexto da história.
Negros e brancos, escravos e senhores, vindo para Pindorama se colocam em situação inusitada. No caso, Pindorama é o Brasil. Os escravos tomam os navios após uma noite de forte tempestade e por engano, ou por sorte, chegam à uma ilha deserta, ainda desconhecida dos navegadores. Nessa ilha se passará grande parte da história, pois os senhores não aceitam viver com os cativos em situação de igualdade. Daí rebeliões de um lado e de outro se sucedem. Não há um só dia de paz. A proposta dos escravos de formar na ilha uma república de mestiços não é aceita pelos antagonistas. O Barão de Oxumaré, proprietário dos escravos, quer a todo custo reparar um navio e voltar para o continente. Os escravos, liderados por Cônigue, sabem que se seus senhores partirem e encontrarem o continente será como decretar suas sentenças de morte.  
      Lideranças de um lado e de outro emergem dessa situação crítica, algumas cruéis, intolerantes e preconceituosas, outras singelas e sinceras.
     Quem vencerá? Haverá vencedores? Só lendo o leitor poderá saber se nessas circunstâncias é possível haver vencedores e vencidos. O livro é permeado de situações tensas, ternas e, muitas vezes, hilárias.”.

       Martha



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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jabuti, agora, com aplausos

    Na noite de quarta-feira, em cerimônia na Sala São Paulo, foram apresentados os vencedores da 53ª edição do Prêmio Jabuti onde dois grandes representantes da nossa literatura o poeta Ferreira Gullar e Laurentino Gomes foram os vencedores.
   O prêmio de melhor livro de ficção foi para Gullar por Em alguma parte alguma (Editora Record) e Gomes levou o troféu de melhor não ficção por 1822 (Nova Fronteira).
   Nesta edição apenas o primeiro colocado de cada categoria pôde concorrer à premiação de livro do ano. A mudança ocorreu por conta da polêmica envolvendo a premiação do ano passado: Se eu fechar os olhos agora (Ed. Record), de Edney Silvestre, havia sido eleito o melhor romance, mas o troféu de livro do ano de ficção foi para Leite derramado (Companhia das Letras), de Chico Buarque, segundo lugar na categoria. Além de muitos protestos em blogs e no Twitter, a insatisfação com tal resultado provocou uma queixa formal da Editora Record à Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Museu da Música de Mariana: Patrimônio da Humanidade

UNESCO declara acervo do Museu da Música de Mariana
PATROMÔNIO DA HUMANIDADE

Nesta sexta feira, 2 de dezembro, na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, o Museu da Música de Mariana da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese (FUNDARQ) receberá, do Programa Memória do Mundo da UNESCO, o Diploma do Registro Regional para a América Latina e o Caribe (MOWLAC), em reconhecimento à importância de seu acervo de manuscritos musicais.
O Museu da Música é um dos mais importantes acervos latinoamericanos de música sacra manuscrita, com mais de 2 mil partituras. Por meio de projetos desenvolvidos, muitas obras foram salvas pelo trabalho de restauração, já que estavam em estado precário de conservação. Foi recuperada a estrutura original das partituras tal como concebidas por seus autores.
Compositores respeitados como Lobo de Mesquita, José Maurício Nunes Garcia e João de Deus de Castro Lobo tiveram novas peças reveladas. Outros, como Miguel Teodoro Ferreira, Frutuoso de Matos Couto e Manuel Dias de Oliveira começaram a ter sua memória resgatada, com a identificação de criações importantes, anteriormente desconhecidas.
Para o Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, “este Diploma concedido pela UNESCO ao Museu da Música de Mariana é o coroamento de muitos anos de trabalho de pessoas que se dedicaram a preservar esta preciosidade de valor incalculável, fruto daqueles que, nos séculos 18 e 19, produziram o que de melhor na música o Brasil conheceu. Por isso, não podemos esquecer personalidades como Dom Oscar de Oliveira, o engenheiro Francisco Noronha e Dom Luciano Mendes. A Arquidiocese de Mariana se sente feliz com esta honrosa premiação e parabeniza sua Fundação Cultural responsável pelo Museu da Música e que realizou o importante projeto de restauração e preservação dessas milhares de partituras”.  
 O Instituto Memória do Mundo, da UNESCO, é a memória coletiva e documentada dos povos – seu patrimônio documental - que, por sua vez, representa boa parte do patrimônio cultural mundial. Ela traça a evolução do pensamento, dos descobrimentos e das conquistas da sociedade humana. É o legado do passado para a comunidade mundial presente e futura.
A Memória do Mundo se encontra em grande medida em bibliotecas, arquivos e museus existentes em todo o planeta e uma grande porcentagem dela corre perigo atualmente. O patrimônio documental de numerosos povos tem se dispersado devido ao deslocamento acidental ou deliberado de fundos arquivísticos e coleções, aos “estragos das guerras” ou a outras circunstâncias históricas. Às vezes, obstáculos práticos ou políticos dificultam o acesso a ele, enquanto, em outros casos, deterioração ou destruição são a ameaça.
“A concepção do Programa Memória do Mundo da UNESCO - MOW [Memory of the World Program] é que o patrimônio documental mundial pertence a todos, deveria ser plenamente preservado e protegido para todos e, com o devido respeito aos hábitos e práticas culturais, deveria ser acessível a todos de maneira permanente e sem obstáculos”, afirma o consultor da UNESCO, Ray Edmondson.  
Segundo o diretor executivo da FUNDARQ, prof. Roque Camêllo “o reconhecimento do Museu da Música pela UNESCO como um dos mais importantes acervos latinoamericanos de música sacra coloca o Brasil no patamar mais elevado entre as nações civilizadas quando o tema é a cultura musical e evidencia a efervescência intelectual dos séculos 18 e 19 em Minas Gerais e particularmente na Região de Mariana. Cuidar do patrimônio cultural não é tarefa fácil, além de dispendiosa. No entanto, é dever patriótico fazê-lo porque esta ação preserva a memória e a identidade de nosso povo. Este título não pertencerá apenas a Mariana e a Minas, mas ao Brasil”, concluiu Camêllo.

Acesse
Visite Rede Mineira de Cultura em: http://redemineiradecultura.com.br/?xg_source=msg_mes_network



Amigos,

Voltei  repassando essa ótima notícia da RMC!
Tenho sentido muita falta do blog e do contato com vocês. 

Grande abraço,

Martha

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

W. J. Solha


     Ontem, tive a grata surpresa de receber pelo correio, o livro autografado de W. J. Solha, ARKÁDITCH. Trata-se de  um romance sobre a classe média urbana, contemporânea nordestina.
Agradeço mais uma vez, ao escritor, pela atenção  e gentileza.

    Algumas notas sobre Solha:
   W. J. Solha nasceu em Sorocaba, SP e radicou-se na Paraíba desde 1962.
   Autor de obras premiadas como A Canga (Moderna), A Batalha de Oliveiros (Itatiaia),  História Universal da Angústia (Bertrand Brasil ), O Relato de Prócula (A Girafa), entre outras.
  Artista de múltiplos talentos, atua também, no teatro, cinema, artes plásticas, poesia.
  Segundo Nilto Maciel, numa formidável entrevista com  Solha, ele é  “contista, romancista,  poeta, dramaturgo, libretista, pintor, roteirista, cineasta, ator, compositor, produtor de teatro e cinema. Só não é cantor e bailarino por falta de boa voz e não saber dançar.” (Jornal de Poesia. Editor Soares Feitosa - jornaldepoesia@gmail.com

   Não é todo dia que nasce um artista tão completo! Vale a pena  conhecê-lo.