Vale visitar o seu site e se deliciar com suas poesias. J. G. de Araujo Jorge cantou maravilhosamente o amor ! Essa é a minha preferida!
Martha Tavares Pezzini
Orgulho e renúncia
Não penses que a mentira me consola: parte em silêncio, será bem melhor... Se tudo terminou a tua esmola meu sofrimento ainda fará maior... Não te condeno nem te recrimino ninguém tem culpa do que aconteceu... Nem posso contrariar o meu destino nem tu podias contrariar o teu! Sofro, que importa? mas não te censuro, o inevitável quando chega é assim, -se esse amor não devia Ter futuro foi bem melhor precipitar seu fim... Não te condeno nem te recrimino tinha que ser! Tudo passou, morreu! Cada qual traz do berço seu destino e esse afinal, bem doloroso, é o meu! Estranho, é que a afeição quando se acabe traga inútil consolo ao nosso fim quando penso que ainda ontem, - quem o sabe? tenha sentido algum amor por mim... Não procures mentir. Compreendo tudo. Tudo por si justificado está: - não tens culpa se te amo... se me iludo, se a vida para mim é que foi má... Vês? Meus olhos chorando estão contentes! Não fales nada. Vai! Ninguém te obriga a dizeres aquilo que não sentes, nem eu preciso disto minha amiga... Parte. E que nunca sofrer alguém te faça o que sofri com o teu ingênuo amor; - pensa que tudo morre, tudo passa, que hei de esquecer-te, seja como for... Pensa que tudo foi uma tolice... Só mais tarde, bem sei, - compreenderás as palavras de dor que não te disse e outras, de amor... que não direi jamais! ( Poema de JG de Araujo Jorge, do livro " AMO ", 1938 ) |
O título já não cumpre o protocolo exato como no início. Abriu-se à Literatura e outras formas de Cultura
domingo, 16 de março de 2014
J. G. de Araujo Jorge
sexta-feira, 14 de março de 2014
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 12 de março de 2014
O Dia Nacional da Poesia será
comemorado em 14 de março. Nós que amamos a poesia e os poetas, vamos fazer uma
seleção dos poemas que mais nos tocaram? Podemos começar hoje. Mande o seu que
será um prazer publicá-lo!
Martha Tavares Pezzini
Há mais de 50 anos
li este soneto e gostei tanto que decorei de imediato!
Minha sensibilidade imaginava cada cena e todo o romance, o amor desencontrado, que continha cada estrofe, cada
reticência.
Raul de Leoni
No meu grande
otimismo de inocente,
Eu nunca soube por
que foi... um dia,
Ela me olhou
indiferentemente,
Perguntei-lhe por
que era... Não sabia...
Desde então
transformou-se de repente
A nossa intimidade
correntia
Em saudações de
simples cortesia
E a vida foi
andando para a frente...
Nunca mais nos
falamos... vai distante...
Mas quando a vejo,
há sempre um vago instante
Em que seu mudo
olhar no meu repousa,
E eu sinto, sem no
entanto compreendê-la,
Que ela tenta
dizer-me qualquer cousa,
Mas que é tarde
demais para dizê-la...
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