quinta-feira, 27 de março de 2014

Sons da Chuva - Martha Tavares Pezzini






Sons da chuva
Ouço a chuva lá fora, ora mansa, ora em pancadas. Mansinha, fina, gostosa. Seus sons, às vezes, apenas um cochicho, um murmúrio...
Parece que cai assim mansinha para acalmar, amolecer nossa armadura, nossa casca, e nos diluir.
Aí, desperta desejos de aconchego, sono, leitura, um chá ou vinho, conversa calma e outros prazeres mais. Traz também, respingos de lembranças...
Chego da janela para ver a rua, a chuva. É noite e as luzes sobre o asfalto molhado se refletem nas poças. Sombras e imagens  projetam formas surreais em preto e branco, como num filme noir, no chão espelhado.  
Junto ao meio fio corre um filete. Poucas pessoas, apressadas, a pé, indo para casa, ansiosas por sentir toda aquela sensação de proteção e bem estar de quem chega em seu abrigo.
Ser surpreendida pela chuva me deixa meio aturdida. Se a chuva vem meio de repente nunca tenho sombrinha! E nas poucas vezes que me previno, com certeza não chove. Lei de Murphy não falha!
Nesse momento, ouço apenas um som bem suave dos poucos carros passando pelo asfalto molhado. A chuva, personagem que encadeou esses pensamentos, está silenciosa. Mas seu efeito amortecedor já me deixou com a sensação de que vou dormir bem. E talvez, já na cama, ela volte a sussurrar embalando meu sono.
Tão gostoso dormir embalada pela chuva!
Martha Tavares Pezzini

Obrigada pelos 13.000!





Conseguimos!!!!!
Visualizei em pensamento todos que sei que passaram por aqui e que atenderam aos  meu pedido para chegar aos 13.000!
Também vocês que passaram e não fiquei sabendo, espero que voltem e se apresentem!
Se a campainha da sua casa tocar, imagine que esse cesto de flores está chegando para você...para dizer obrigada pelo seu apoio e carinho!

Martha

quarta-feira, 26 de março de 2014

Cantando na Chuva - Martha Tavares Pezzini



Cantando na chuva!

(música de Jorge Ben Jor)

Chove chuva... 
Vamos nos molhar!
Chove chuva...
Eu quero cantar!

Água boa pra brincar.
e para refrescar.

Chuva, chuva
 tão querida
 é uma bênção 
 para nossa vida!




Anita, veio correndo para aprender a música!
Essa brincadeira saiu agora, em agradecimento a todos que compartilharam "Sons da Chuva"! Vamos cantar !
 Homenageio Também o grande compositor Jorge Ben Jor de quem sou grande admiradora.
Beijo para vocês!
MTP

segunda-feira, 24 de março de 2014

Jannini Rosa


 Jannini Rosa é uma jovem e talentos escritora  que está lançando seu livro Faces de Malala que aborda os vários tipos de violência contra a mulher! Parabéns, Jannini, pelo seu trabalho!
 MTP

Evento realizado pela Reação Mulher e pela OAB, com o objetivo de informar sobre a Violência de Gênero, a violência doméstica e o papel que as mulheres vêm assumindo com os movimentos feministas.

O evento contará com Palestras da delegada Claudia Faissal (DEAM Cabo Frio) e Tânia Lopes (Articulação de Muheres Brasileiras), além de exposição de artes de mulheres artesãs e lançamento do livro Faces de Malala, da autora Jannini Rosa.

Entrada gratuita!

sexta-feira, 21 de março de 2014

PoeTextos e PreTextos: Flamboyant - Martha Tavares Pezzini

PoeTextos e PreTextos: Flamboyant - Martha Tavares Pezzini: Flamboyant em São Pedro dos Ferros Minhas Raízes O flamboyant quando abre em flor, É uma explosão de beleza em vermelho...

Paulo Leminsky

                                          

 
 


Fatinha Abdala me enviou essa beleza de poema! Fatinha, que é poeta sensível, não podia deixar de ter Leminsky entre seus favoritos!
Dedico também, esse poema, a outro querido poeta e escritor: Marcus Vinícius Borges! 
MTP
                                  

  Paulo Leminsky:

  Escrevo.E pronto.
                                                
  Escrevo porque preciso,
  Preciso porque estou tonto.

  Ninguém tem nada com isso.

  Escrevo porque amanhece.

  E as estrelas lá no céu

  Lembram letras no papel,

  Quando o poema me anoitece.

   A aranha tece teias.

   O peixe morde o que vê.

   Eu escrevo apenas.

   Tem que ter por que?

domingo, 16 de março de 2014

J. G. de Araujo Jorge



Vale visitar o seu site e se deliciar com suas poesias. J. G. de Araujo Jorge cantou maravilhosamente  o amor ! Essa é a minha preferida!
Martha Tavares Pezzini 

http://www.jgaraujo.com.br/poesias/bar.gif
Orgulho e renúncia

Não penses que a mentira me consola:
parte em silêncio, será bem melhor...
Se tudo terminou a tua esmola
meu sofrimento ainda fará maior...

Não te condeno nem te recrimino
ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino
nem tu podias contrariar o teu!

Sofro, que importa? mas não te censuro,
o inevitável quando chega é assim,
-se esse amor não devia Ter futuro
foi bem melhor precipitar seu fim...

Não te condeno nem te recrimino
tinha que ser! Tudo passou, morreu!
Cada qual traz do berço seu destino
e esse afinal, bem doloroso, é o meu!

Estranho, é que a afeição quando se acabe
traga inútil consolo ao nosso fim
quando penso que ainda ontem, - quem o sabe?
tenha sentido algum amor por mim...

Não procures mentir. Compreendo tudo.
Tudo por si justificado está:
- não tens culpa se te amo... se me iludo,
se a vida para mim é que foi má...

Vês? Meus olhos chorando estão contentes!
Não fales nada. Vai! Ninguém te obriga
a dizeres aquilo que não sentes,
nem eu preciso disto minha amiga...

Parte. E que nunca sofrer alguém te faça
o que sofri com o teu ingênuo amor;
- pensa que tudo morre, tudo passa,
que hei de esquecer-te, seja como for...

Pensa que tudo foi uma tolice...
Só mais tarde, bem sei, - compreenderás
as palavras de dor que não te disse
e outras, de amor... que não direi jamais!

( Poema de JG de Araujo Jorge, do livro " AMO ", 1938 )
http://www.jgaraujo.com.br/poesias/bar.gif