Jane Rosa dos Santos Almeida, de Matozinhos, MG, poeta que admiro!
Cotidiano
Insistentemente, o celular toca.
Por que não mais o relógio?
(Esse já se foi...)
Tempos modernos.
Padronizo limites.
A condição é de escravidão
de segundos, minutos, hora.
O caminho é convexo.
Repleto de anexos.
É preciso correr.
É preciso apressar.
Mal posso olhar a janela e ver a menina que passa,
o cachorro que espreguiça,
o homem que cola a mensagem no outdoor.
O tempo goteja na bica do meu silêncio.
Vasculho meus pensamentos.
Alguns doces e açucarados.
Outros tristes, amargos,
curtidos em vinagre.
Que dilema é esse sistema
armado de esquemas?
Um dia me rebelo, me desespero.
Mando tudo às favas.
Desço do ônibus, antes do meu ponto.
Coloco a bolsa no chão.
E saio por aí...pelas bandas da fazenda de Zé Afonso
Rumo ao Engenho de Serra.
Em busca da tarde nua, tomando sorvete com açaí.
Jane Rosa dos Santos Almeida
o cachorro que espreguiça,
o homem que cola a mensagem no outdoor.
O tempo goteja na bica do meu silêncio.
Vasculho meus pensamentos.
Alguns doces e açucarados.
Outros tristes, amargos,
curtidos em vinagre.
Que dilema é esse sistema
armado de esquemas?
Um dia me rebelo, me desespero.
Mando tudo às favas.
Desço do ônibus, antes do meu ponto.
Coloco a bolsa no chão.
E saio por aí...pelas bandas da fazenda de Zé Afonso
Rumo ao Engenho de Serra.
Em busca da tarde nua, tomando sorvete com açaí.
Jane Rosa dos Santos Almeida