O título já não cumpre o protocolo exato como no início. Abriu-se à Literatura e outras formas de Cultura
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
O que é a vida afinal?! - Maria Luiza Vargas Ramos
O QUE É A VIDA AFINAL?!
Não, não me venham com frases feitas, dizendo que é tudo uma questão das nossas escolhas. Nada disso! Raras vezes temos a opção de escolher, geralmente somos levados num torvelinho que nem sabemos aonde vai parar, empurrados daqui e de lá, atendendo a gregos e troianos, pegando as migalhas que caem em nosso prato, sem jamais nos saciarmos e sempre adiando para uma outra encarnação a concretização dos sonhos mais acalentados e mais difíceis de realizar.
Meus professores achavam que eu deveria ser advogada, afinal fui líder de turma em todos os anos que estudei e oradora em todas as formaturas, do Jardim de Infância à Universidade.
Eu queria ser médica e só tirava dez em Biologia, de tanto que gostava. Matriculei-me no Científico e meus pais me chantagearam para fazer junto o Curso Normal e lhes dar “de presente” o diploma de professora primária, até porque meu pai disse que eu não sairia de Alegrete para estudar, pois as moças só iam “se soltar” em Santa Maria ou Porto Alegre e que eu deveria escolher um curso que tivesse na minha cidade. Entre Letras e Economia, a escolha foi óbvia. Mas as opções, convenhamos, eram bem restritas.
Nunca pude ir a uma festa à noite antes de debutar, aos quinze anos. Casei virgem com dezoito anos. Meu vestido de debutante ainda estava novo e servia perfeitamente, poderia até ter usado o mesmo...
Há quem me rotule de quadrada, certinha, de direita demais. Como não ser? Meu pai era da UDN e as regras na minha casa eram muito rígidas. Liberdade só para ler e estudar bastante. Mesmo assim morro de saudades daquele tempo...
Eu queria conhecer o mundo, viajar para tantos lugares, conversar em diversos idiomas com gente interessante, que tem o que dizer!
Deve ser muito bom comer quando se sente fome e dormir quando se tem sono, ao invés de cumprir horários rígidos e estar sempre achando que passou da hora e vai se atrasar.
Ser dona dos meus dias, do meu tempo é uma sensação ou experiência que nunca tive, pois há sempre alguém à minha espera, dependendo de mim para alguma coisa. Primeiro os alunos, os filhos, o marido, os pais e depois os netos.
Nascemos e morremos sós. Alguns passam pela vida também sozinhos, muitas vezes numa solidão asfixiante, sem ninguém para compartilhar o bom e o ruim, nem mesmo para receber a correspondência num prédio sem porteiro.
Na velhice, sobrevive melhor quem partilhou a vida, pois terá mais gente para lhe tomar conta e para segurar as alças do caixão. É a compensação pela individualidade sufocada no seu tempo na terra.
Raramente são escolhas, opções. Poucos escolhem viver sós ou acompanhados, as coisas simplesmente acontecem.
Numa dessas voltas da caminhada, entre triunfos e frustrações, a gente senta numa pedra no meio do caminho, olha pra trás, respira fundo e se pergunta:
- O que é a vida afinal?!
Maria Luiza Vargas Ramos
Não, não me venham com frases feitas, dizendo que é tudo uma questão das nossas escolhas. Nada disso! Raras vezes temos a opção de escolher, geralmente somos levados num torvelinho que nem sabemos aonde vai parar, empurrados daqui e de lá, atendendo a gregos e troianos, pegando as migalhas que caem em nosso prato, sem jamais nos saciarmos e sempre adiando para uma outra encarnação a concretização dos sonhos mais acalentados e mais difíceis de realizar.
Meus professores achavam que eu deveria ser advogada, afinal fui líder de turma em todos os anos que estudei e oradora em todas as formaturas, do Jardim de Infância à Universidade.
Eu queria ser médica e só tirava dez em Biologia, de tanto que gostava. Matriculei-me no Científico e meus pais me chantagearam para fazer junto o Curso Normal e lhes dar “de presente” o diploma de professora primária, até porque meu pai disse que eu não sairia de Alegrete para estudar, pois as moças só iam “se soltar” em Santa Maria ou Porto Alegre e que eu deveria escolher um curso que tivesse na minha cidade. Entre Letras e Economia, a escolha foi óbvia. Mas as opções, convenhamos, eram bem restritas.
Nunca pude ir a uma festa à noite antes de debutar, aos quinze anos. Casei virgem com dezoito anos. Meu vestido de debutante ainda estava novo e servia perfeitamente, poderia até ter usado o mesmo...
Há quem me rotule de quadrada, certinha, de direita demais. Como não ser? Meu pai era da UDN e as regras na minha casa eram muito rígidas. Liberdade só para ler e estudar bastante. Mesmo assim morro de saudades daquele tempo...
Eu queria conhecer o mundo, viajar para tantos lugares, conversar em diversos idiomas com gente interessante, que tem o que dizer!
Deve ser muito bom comer quando se sente fome e dormir quando se tem sono, ao invés de cumprir horários rígidos e estar sempre achando que passou da hora e vai se atrasar.
Ser dona dos meus dias, do meu tempo é uma sensação ou experiência que nunca tive, pois há sempre alguém à minha espera, dependendo de mim para alguma coisa. Primeiro os alunos, os filhos, o marido, os pais e depois os netos.
Nascemos e morremos sós. Alguns passam pela vida também sozinhos, muitas vezes numa solidão asfixiante, sem ninguém para compartilhar o bom e o ruim, nem mesmo para receber a correspondência num prédio sem porteiro.
Na velhice, sobrevive melhor quem partilhou a vida, pois terá mais gente para lhe tomar conta e para segurar as alças do caixão. É a compensação pela individualidade sufocada no seu tempo na terra.
Raramente são escolhas, opções. Poucos escolhem viver sós ou acompanhados, as coisas simplesmente acontecem.
Numa dessas voltas da caminhada, entre triunfos e frustrações, a gente senta numa pedra no meio do caminho, olha pra trás, respira fundo e se pergunta:
- O que é a vida afinal?!
Maria Luiza Vargas Ramos
sábado, 2 de janeiro de 2016
Viagem no Tempo - Martha Tavares Pezzini
..." A casa foi
ampliada e as três meninas ganharam um quarto enorme. Já estou mocinha. Na
parede uma foto de Tom Jobim, jovem e belo, sentado na areia da praia, com um violão. Grande Maestro, Antônio
Brasileiro. Sempre meu ídolo. Uma coleção de flâmulas dispostas artisticamente, na parede!
Sobre o
toucador, perfumes: Ma Griffe, maravilha, vinda
do Rio de Janeiro, não legítimo, imagino, mas quem se preocupa com isto? Pó
compacto La Rochel e um creminho que era
usado para dar brilho úmido aos cílios, Cilion. Não gosto muito de batons. Só o
Café au Lait, que fica cor de boca."
Martha Tavares Pezzini
Por onde andei levei meus sonhos Vol II (?)
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Feliz Natal!
A todos os amigos queridos e que carinhosamente me apoiaram, leram
minhas escrituras e poemetos; que trago no coração e na memória, na
alegria de ver-lhes as carinhas aqui no face diariamente. Agradeço e desejo-lhes muita
saúde, amor e paz no Natal e em todos os momentos da vida.
Este fim de ano tem sido marcado não somente pelas alegrias das festas. Pessoas queridas e muito próximas estão sofrendo e apesar de fazer parte da vida tanto o sofrimento como a alegria, não conseguimos ser os mesmos diante disso.
Que Jesus console e anime a cada um dos que nele confiam e esperam!
Nele tudo podemos! Com ele seremos sempre vencedores!
Feliz Natal!
Martha Tavares Pezzini
Este fim de ano tem sido marcado não somente pelas alegrias das festas. Pessoas queridas e muito próximas estão sofrendo e apesar de fazer parte da vida tanto o sofrimento como a alegria, não conseguimos ser os mesmos diante disso.
Que Jesus console e anime a cada um dos que nele confiam e esperam!
Nele tudo podemos! Com ele seremos sempre vencedores!
Feliz Natal!
Martha Tavares Pezzini
domingo, 13 de dezembro de 2015
Hoje - Martha Tavares Pezzini
Hoje
Chega um tempo em que
as distâncias voltam a ser longas
Como pareciam ser as ruas da minha cidade
Por onde andava
tranquilamente, quando criança
Chega um tempo em que
o horizonte e o outro lado da montanha
Não mais prometem
tesouros e aventuras
Mas, apenas, delimitam o espaço
Aquele entusiasmo incontido e a prontidão
Para acompanhar os amigos, ir às festas,
Dão lugar ao comodismo e à reflexão.
Chega um tempo em que
nossos sonhos, ideias e projetos,
Não possuem o mesmo arrojo, a mesma ressonância,
Mas dependem de algo ou alguém, para dar certo...
Chega um tempo em que
Programação pra curtir e divertir,
É reunir amigos e família, em nossa casa,
Uma pizza, um vinho, boa conversa e... dormir
Chega um tempo em que
boas lembranças e o amor, saborear,
Simplificar a vida, ir devagar,
É tudo que podemos desejar!
Martha Tavares Pezzini
Dez. 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
Então é Natal? - Martha Tavares Pezzini
Então é Natal?
Então é Natal?
O que vamos festejar?
A guerra destrói...
Assola o terror...
Do homem, no coração,
Ocupa espaço, a ambição...
Então é Natal?
A nossa Pátria querida
Desfez-se em pobre Nação...
Vivendo triste e humilhada,
Imersa em corrupção!
O que o Natal representa
Ninguém parece lembrar...
Jesus veio e na humildade
Só ensinou a amar.
Jesus Menino, querido,
No presépio, pobrezinho,
Com Maria e com José,
Faço-lhe hoje, um pedido
Com confiança e com fé:
Traga-nos a paz e o amor,
Dos homens, tem piedade,
E com seu Espírito Santo,
Transforme a Humanidade!
BH Dez de 2015
Martha Tavares Pezzini
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Academia Nacional de Poesia
Qualquer pessoa que se tornar membro da página pode publicar suas poesias
As melhores poesias serão selecionadas e os seus autores convidados a participar de um livro coletânea.
Para participar de nossos livros de coletânea não será cobrado nenhum custo para o Poeta
Os livros coletânea serão vendidos na internet no Website "Clube de Autores" o poeta que quiser adquirir o livro com seu poema poderá comprar quantos exemplares quiser
Não será enviado nenhum exemplar para o poeta selecionado, este comprará por conta própria seu livro caso deseje um exemplar
Os direitos autorais sempre serão do poeta autor do texto, em hipótese alguma teremos direitos sobre o poema do participante
Caso um poema de sua autoria seja selecionado, faremos contato para que seja preenchido um termo onde o autor concordará com as condições da publicação, mesmo não tendo nenhum custo para o autor, é obrigatório o preenchimento da declaração.
NOSSA INTENÇÃO É FAZER COM QUE POETAS ANÔNIMOS, AMADORES E MESMO PROFISSIONAIS POSSAM TER O PRAZER DE VER UM ESCRITO SEU SE TRANSFORMAR EM UMA PÁGINA DE LIVRO IMPRESSO, E PROPORCIONAR O PRAZER DA COMPRA DE UM ÚNICO EXEMPLAR DE FORMA SIMPLES VIA INTERNET, JÁ QUE MUITOS NÃO TEM CONDIÇÕES DE ARCAR COM UMA TIRAGEM DE IMPRESSÃO QUE SEMPRE TEM UM CUSTO ELEVADO.
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