Gabriel Chalita fala
de Jair Rodrigues:
Jair Rodrigues, um senhor
chamado “alegria”
Jair
Rodrigues de Oliveira partiu para a eternidade nesta semana. Eternizou-se esse
homem pelo talento de cantar aos corações os mais belos sentimentos.Fez ele uma
opção de vida: viver para a alegria. Sorriso largo nos lábios. Gargalhada no
ar, anunciando sua presença. Simpatia contagiante.
Seus
filhos também cantam. Jair de Oliveira e Luciana Mello foram embalados em
músicas e em ações de dignidade, de elevação. Orgulhos do pai. Rebentos que
brilham também sabedores do lindo ofício de cantar.
Elevou-se
o nosso cantor. Elevam-nos pessoas que passam pela vida e que dão significado a
ela. "Se eu não for o homem mais feliz do planeta, sou um deles”.
Chegou,
humildemente, aos programas de calouro, foi crooner pelas vielas dos nossos interiores, cantou a
vitória de nossa seleção na Copa do Mundo do Chile: "Marechal da
Vitória". Vitorioso, brilhou ao lado da genial Elis Regina: "Dois na
bossa". Muitos nas bossas de sua alegria.
Era um
menino. Um eterno menino. Aos 75 anos, um menino. Na alegria e na disposição de
sonhar sempre. Um menino no brincar com a seriedade da vida. Um menino no
entranhar, em si e nas suas posturas cotidianas, a arte que o tomou por digno
mensageiro.
Interpretando
"Disparada", venceu o Festival de 1966: “Aprendi a dizer não /
Ver a morte sem chorar/ E a morte, o destino, tudo/ A morte e o destino, tudo/
Estava fora do lugar/ Eu vivo pra consertar”.
Vitorioso
nos palcos. Vitorioso na vida. “Deus me agraciou”, justificava, assim, suas
vitórias. Tive a honra de entrevistá-lo, algumas vezes, em meu programa de
televisão. Fui homenageado por ele em um aniversário. Sorrimos, juntos,
agradecendo a Deus pela vida. Pela vida que não termina...
Jair da
alegria partiu. Dizia ele: “Agradeço a Deus por ter me dado o dom da música, a
minha luta, a minha perseverança etc. Vou cantar enquanto Deus me permitir. E
acho que Ele vai me permitir sempre.“ Temos certeza que sim!
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