segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Carnaval - Martha Tavares Pezzini



  Carnaval
  Martha Tavares Pezzini

  Muitos pensam que o carnaval é uma festa puramente brasileira. Mesmo não sendo, parece ter sido criada        para nós. Tem tudo a ver com a alegria do brasileiro. Vamos ver alguns dados da história desta festa.
“O carnaval teve origem em várias comemorações realizadas na Antiguidade por povos como os egípcios, hebreus, gregos e romanos. Esses festejos pagãos serviam para celebrar grandes colheitas e principalmente louvar divindades. É provável que as mais importantes festas ancestrais do Carnaval tenham sido as “saturnais”, realizadas na Roma antiga em exaltação a Saturno, deus da agricultura. Na época dessa celebração, as escolas fechavam, os escravos eram soltos e os romanos dançavam pelas ruas.” Cíntia Cristina da Silva.
 Precedendo os carros alegóricos de agora, desfilavam também pelas ruas, o carrum navalis com formato semelhante a navios. Esta pode ser considerada uma das origens da palavra “carnaval”. Houve um tempo em que o carnaval, era a externação da pura alegria. Não havia necessidade de bebidas alcoólicas. Principalmente entre os jovens. A motivação era natural. Mas o embalo do lança perfume estava presente. Não experimentei, mas via o resultado: pessoas apagando e caindo após aspirarem. Não achava graça, pelo contrário. O perfume sim, era delicioso, sem os apagões e os tombos. As músicas, sempre renovadas, continham temas românticos, amores impossíveis, tipo Pierrot, Colombina, Arlequim, ou eram jocosas com os assuntos da atualidade do mundo e locais. Não podiam faltar também, aquelas músicas consagradas e eternas de outros carnavais, tocadas até hoje. A euforia era contagiante. Bastava entrar no salão. Sim, o carnaval era no salão. “Quanto riso, oh quanta alegria,/ mais de mil palhaços no salão / Arlequim está chorando pelo amor da Colombina, / no meio da multidão...”
As fantasias sempre mexeram com o imaginário de cada um e até hoje se repetem. Homem travestido de mulher sempre esteve presente, quase sempre em blocos. A festa propicia “ um espaço de inversão, em que se busca ser exatamente o que não se é no resto do ano”, como diz a filóloga Rachel Valença, diretora do Centro de Pesquisas da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio.
A fase das Escolas de Samba na Marquês de Sapucai, me pegou uma época. Assistia até dormir. O ritmo das baterias é contagiante e quase faz uma estátua se mexer.


Que nosso povo se esqueça por algumas horas, as decepções, o aviltamento e ludíbrio a que são submetidos por seus mandatários durante todo o resto do ano.
Feliz carnaval!
MTP

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