sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Revistas Literárias Brasileiras - Século XX




O poeta, professor e editor Paco Cac lançou em 19 de janeiro de 2013, na Livraria Quixote, na Savassi, BH, uma coletânea sobre as revistas literárias do século 20 que vai desde revistas mimeografadas áquelas mais elaboradas. O autor lançou também outro volume com o mesmo tema: publicações que chegaram ao público de 1970 a 2005.
O pesquisador teve a maior  dificuldade para localizar as publicações o que foi realizado através de  pesquisas em sebos.
Para quem se interessa por essa veia literária e histórica, uma ótima pedida! 

Ficha: Título: Revistas Literárias Brasileiras - Século 20
Organizador: Paco Cac - 149 páginas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Obrigada






   



                    Para você que me visita!  
                   Obrigada e volte sempre!




terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Renúncia de Bento VI




  Muitas polêmicas surgirão certamente.Mas observando suas fotos recentes podemos notar o desgaste físico. Considero razoável e prudente sua renúncia. Saber quando é  o momento de parar é muito importante e difícil.Com um cargo de tamanha relevância, esta foi, certamente, uma decisão bem amadurecida e inspirada por Deus. MTP







 Bento 16 anunciou esta segunda-feira que se demitirá no dia 28 de fevereiro. Eis o texto integral do anúncio:
Caríssimos Irmãos,

convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI
http://arquidiocesedesaopaulo.org.br/noticias/bento-16-anuncia-demiss%C3%A3o

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Texto de Marcelo Sguassábia


Ontem, estava eu posta em sossego, aproveitando a tranquilidade do carnaval, quando recebo um link através de um amigo. Imediatamente passo a conhecer o Marcelo Sguassábia através do ótimo texto "A ira de Zebedeu". Maior criatividade e muito divertida a exploração do tema Confesso que também eu me lembro de Belzebu quando quero me lembrar do Zebedeu... Explico: apenas do nome! 
Vou ler todas do Marcelo!
Curta você também!
MTP
 

  Marcelo Sguassábia, por ele mesmo


Humor, nonsense, sátira e o mais puro e mal-acabado besteirol. Junte a isso algumas incursões no universo onírico, com um tiquinho de nostalgia e introspecção. É esse mais ou menos meu estilo: o não-estilo definido. Sou redator publicitário, beatlemaníaco empedernido, pianista diletante e fã de livros e filmes que tratem sobre viagens no tempo. Tenho coluna fixa em diversas publicações eletrônicas e três jornais impressos. Blog: www.consoantesreticentes.blogspot.com

É também:


Redator publicitário em Campinas, pianista diletante e apreciador de filmes sobre viagens no tempo, Marcelo Sguassabia é colunista fixo em três jornais impressos e em vários endereços eletrônicos.




                 
                              A Ira de Zebedeu

Que não existam muitas pessoas que se chamem Judas, Herodes ou Pôncio, vá lá, justifica-se. Mas a que se deve a ausência de Zebedeus nas certidões de nascimento pelo mundo afora? Meu nome é tão bíblico quanto os nomes de meus filhos, embora meus dois rebentos apareçam mais vezes que eu nas Sagradas Escrituras.



A propósito, pai de santo (não confundir com a autoridade da Umbanda), e no meu caso de dois santos, deveria com toda justiça ser tratado como santo também. No entanto, milhões pessoas se chamam João e outras milhões são batizadas como Tiago. Mas por acaso alguém conhece outro cristão, além de mim, que se chame Zebedeu?



Uma explicação para essa repulsa talvez esteja no fato de que Zebedeu é quase um anagrama de Belzebu. Sim, é uma hipótese. Assim como é provável que muitos desistam de criar xarás deste que vos fala porque a criança seria a última a constar nas listas organizadas por ordem alfabética - ficando à frente apenas de improváveis Zildas, Zoroastros e Zulmiras. Outros podem alegar que o nome simplesmente é feio que dói, mesmo que este seja um critério subjetivo.



É bom lembrar ainda o desserviço que prestam alguns dicionários, ao definirem "Zebedeu" como burro, palerma ou abestalhado, disseminando mais e mais a maldição zebedêutica. Oh, Senhor dos Aflitos, o que será que fiz de errado para merecer tanta e tão injusta humilhação? Mais triste ainda é ver aqueles que recebem meu nome como apelido infame, muitas vezes horrivelmente grafado como "Zé Bedeu". Também já me impuseram a vergonha de associar minha sagrada pessoa a grupos de forró, blocos carnavalescos e duplas sertanejas de mal afamado repertório, o que é ainda mais grave e ultrajante para quem sempre andou na linha enquanto esteve na Terra.



Fosse meu nome mais bonito, certamente a Igreja há séculos já teria me canonizado. Mas não, fui sendo posto de lado e vendo, com indignação, gente bem menos santa sendo elevada à santosfera sem maiores embaraços teológicos ou burocráticos.



Chega, é hora de reabilitar minha moral na praça, custe o que custar! Para isso, deixo desde já bem clara a minha intenção de abençoar pessoalmente e proteger cada passo da vida do sujeito que batizarem com meu nome. Será coberto de bem-aventuranças e terá minha intercessão exclusiva em favor dele junto à alta corte celeste. Isso eu juro, ou não me chamo Zebedeu.



 Marcelo Sguassábia

© Direitos Reservados



sábado, 9 de fevereiro de 2013

Vem, Sean Penn!

Da Folha de São Paulo:

Imaturidade Anos 60 - Martha Tavares Pezzini

                    

                                          Imaturidade anos 60

     Era um namoro típico dos anos 60. Parecia muito certinho. Mas não era. A menina tinha a cabeça cheia de sonhos,  gostava de estar com amigos, de dançar. O rapaz era ciumento e sempre estavam sozinhos, nunca se divertindo em grupo de amigos. Ela não se sentia à vontade ao lado dele, e quando estavam juntos  deixava  que ele falasse mais e ditasse as regras. Ela  não lhe falava dos  seus sonhos tão distantes daquele lugar em que viviam e  daquela  vida tão previsível. Gostava de passar férias no Rio, cidade que a fascinava e adorava o mar e a praia. Sabia que não seria assim de repente, num estalar de dedos, que tudo poderia mudar, mas sabia também que não havia nascido para viver sempre ali sem progressos, surpresas e chances de crescer. Às vezes ficava agoniada com  aquele situação! Havia momentos em que ela até achava que o namoro podia dar certo. Gostava dele e da sua companhia para ir   ao cinema, dar umas voltas pela cidade, ainda mais sabendo que muitas meninas gostariam de estar em seu lugar... pois afinal, não havia muitos rapazes disponíveis. E adiava o fim. Ou às vezes falava que não queria mais e não explicava muito o porquê, que nem ela sabia direito, e ele voltava para outro encontro como se ela não houvesse dito nada. Ah, essa insistência! Deixava tudo mais difícil. Como teria coragem  de  repetir aquelas palavras tão difíceis  de serem arrancadas lá de dentro? E havia a amizade dele com sua família, o quanto ele era educado e gentil, não queria magoá-lo. Nem com suas amigas ou irmãs falava como se sentia e chegava a se angustiar sem entender.  Só podia ser mesmo muito tola e emocionalmente muito frágil para viver aquela, como que submissão psicológica, da qual não conseguia falar e muito menos se libertar.
Uma ajuda caiu do céu para auxiliar a difícil decisão. Ele  teve de se mudar para outra cidade. Ainda houve troca de cartas, uma certa saudade, mas à  distância ficou mais fácil para os dois verem  a realidade, conviverem com outras pessoas, amadurecerem  para outros relacionamentos até mesmo para o amor.
Um primeiro namoro, principalmente naquela época, podia até chegar ao casamento, sem maturidade emocional e sem se conhecerem e a outras pessoas. Certamente com grande chance de se decepcionarem.
Assim cada qual seguiu sua vida, levando  muitas lembranças  daquele tempo de convivência  de uma fase bela e única apesar dos  sentimentos conflitantes.



Martha Tavares Pezzini

Nota: Fotos apenas ilustrativas da época