terça-feira, 22 de abril de 2014

Quem já foi Post no blog Sobre Livros e Autores!



Quem já foi post no blog Sobre Livros e Autores!

1.     Adélia Prado

2.    Affonso Romano de Sant’Ana

3.    Agripa de Vasconcelos

4.    Alejandro Roemmers
       Ana Lúcia Meyer Cordeiro

5.    Arsênio Flávio de Souza Lima

6.    Carlos Drummond de Andrade

7.    Cecília Meireles

8.    Clarice Lispector

9.    Cora Coralina

10.          Dad Squarisi

11.          Diego Mendes de Sousa
               Dr. Fernando Antônio Vieira Freitas

12.          Dr. Igor de Oliveira Claber Siqueira

13.          Edmundo Alvarenga

14.          Ernesto Sábato

15.          Fabrício Carpinejar

16.          Fernanda Melo
17.          Fernando Sabino

18.          Ferreira Gullar

19.          Florbela espanca

20.          Frei Acílio Mende

21.          Frei Betto

22.          Frei Cláudio Van Balen

23.          Gabriel Chalita

24.          Gabriel Garcia Marquez

25.          Georgina Gabriela
               Geraldo Reis

26.          Geraldo Roberto

27.          Jairo Lambari Fernandes

28.          Jane Gleeson White

29.          Janice França

30.          Janine Rosa

31.          José Bento Teixeira de Salles

32.          J. G. de Araujo Jorge

33.          John Le Carré

34.          José Rezende Jr.

35.          J.  J.  Benitez

36.          Khaled Hosseine

37.          Laura Ghere Camargo

38.          Laura de Mello Souza

39.          Lígia Bojunga Nunes

40.          Luis Vaz de Camões

41.          Luis Ruffato

42.          Lívia Ferreira Santos

43.          Lya Luft

44.          Marcelo Gleiser

45.          Marcelo Sguassábia

46.          Márcio Almeida

47.          Marco Lucchesi

48.          Marcos Perrela

49.          Marcus Vinícius Borges

50.          Maria da Luz Lobão

51.          Maria de Fátima Abdala

52.          Mário Prata

53.          Mário Quintana

54.          Marilene Guzella Martins Lemos

55.          Martha Tavares Pezzini

56.          Michael Crichton

57.          Milton Hatoum

58.          Moacyr Scliar

59.          Moacir Japiassu

60.          Nilto Maciel

61.          Oscar Wilde

62.          Pablo Neruda

63.          Paschoal Motta

64.          Paulo Leminsk

65.          Paulo Tolentino

66.          Pedro Du Bois

67.          Pe. Fábio de Melo

68.          Pe. João Carlos Almeida

69.          Raul de Leone

70.          Raul Ferrão

71.          Regina Araujo

72.          Robert Louis Stevenson

73.          Rubem Alves

74.          Ronei Pezzini

75.          Sérgio Fantini

76.          Sônia Sales

77.          Tatiana Salem Levy

78.          Valdivino Braz

79.          Vargas Llosa

80.          Vinícius de Morais

81.          Yacilton Almeida

82.          Zilá Mamede

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Tiradentes Vive - Paschoal Motta

 TIRADENTES VIVE
 
O Brasil celebra os 222 anos do enforcamento do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Rio de Janeiro, RJ, 21-IV-1792), considerado pelas autoridades da época como o principal envolvido no movimento político denominado Inconfidência Mineira para livrar o País domínio colonial português. 
Em seguida, o trecho final da narrativa Eu, Tiradentes, de Paschoal Motta, como parte das comemorações do 21 de Abril em homenagem ao Protomártir da Independência do Brasil e Patrono Cívico da Nação Brasileira, conforme a Lei 4897, de 1965.
Joaquim José nasceu em 1746, na Fazenda do Pombal, perto do Arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, entre a Vila de São José, atual Cidade de Tiradentes, e São João del-Rei.
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"Bate completa a manhã deste vinte e um de abril de mil, setecentos e noventa e dois, de Nosso Senhor Jesus Cristo. Outra similhante nunca admiro repetida. A mais encantadora de boniteza, lindíssima, com avermelhado Sol no azul e branco do firmamento, meu derradeiro dia entre viventes. Única esperança: o enforcamento de minha pessoa, o banimento dos companheiros confederados, que for pela Pátria, tudo vira em despertar muito brilhante em fogo, luz. Só nesta vontade, comprometimento, ofereço esta vida, em sã, tranquila consciência, apartado do medo da fatal hora do baraço no pescoço, que instinto em si obriga a tal. Bem se arranjem eles e regressem, vencidos os dez anos do degredo em distancíssimas partes fora do Brasil.
Aperto o peito com estas mãos há tanto tempo atadas em ferros; pesado, abençoado grilhão ajustado na garganta, de quase impedir soltar voz, alimentar, deglutir simples cuspe. De igual feição, aprendi amar a eles, pelo carinho da constante companhia, mesmo dolorida, incomodante no corpo, tilintava correntes com distração, elas, um cilício, untadas de suor, meu desespero, minha solidão. Com ditos ferros, consegui amena cantiga no ouvido, noite, noite, no recurso de ainda espaventar ratazana, eu na vigília, sem dormir direito, espichando cada hora, que queria breve. Não lamento, somente relato. Acabo amando em demasia aquilo de minha perdição, meu calvário. Pouco sobra de espaço de tempo em maior declaração. Já aparece em seguida o barbeiro, para tosar cabelo, barba, mais alguém capaz no preparo de minha pessoa, alma, tirante Vossas Mercês já aqui. Nem derrota, nem derradeira vira essa jornada unicamente minha; para vida, para morte, sempre traço desassossegado caminho no rumo da aventura, no almejo do bem pessoal, do próximo, maneira de existir, em desde menino.

 
Onde anda a alma de minha mãe, de meu pai, dos quais mal diviso retratação na saudade; meu pai Domingos, minha mãe, Antônia da Encarnação; meu irmão mais velho, xará de meu pai; minha irmã Maria Vitória, meu irmão Antônio, meu irmão José, minha irmã Eufrásia, minha airmãzinha caçula, xará de minha mãe? Em que partes residem? Para onde fugiram todos pela maldição de serem meus afins? Deles, jamais notícia chegou, depois da prisão. Antônia Maria, queridíssima companheira, mãe de minha pequena Joaquina? Que delas prepara a vida? Onde todos eles? Fugidos, escorraçados por perseguição em causa do mesmo sangue nestas veias? De todos, assaz necessitada: a menina Joaquina, com nem seis anos de idade. Imagino minha filha, menininha, pela mão da mãe se acoitando do medo, em Villa Rica, indo em fuga, assustadinhas, no recurso de sobrevivência, que nem teto agora dispõem, modo rebuçar de chuva, frio, elas também amaldiçoadas. 

A malha da liberdade pode aparecer como desfeita, mas logo haverá recomposta.
Em antes de bater meio-dia, assistirei já em desconhecida paragem.
Medo qualquer entra neste coração. Por pura felicidade, providencial, divino destino, este corpo, esquartejado, falará, não como escarmento projetado pelas autoridades, e sim provocação para o povo nacional proceder liberto de despotismo. Por divina Providência, determina a sentença permanecer espetada esta cabeça em alto, visível poste em praça pública de Villa Rica, já antes expostos pedaços deste corpo pelos caminhos. Acendo, mudo, assim fé no estabelecimento da nação brasileira.
Quente viaja o Sol, já alto. Derrubam casa de morada da Maria Antônia, da pequena Joaquina; salgam terreno dela arrasado nem querendo as autoridades conhecer onde homiziam suas inválidas pessoas.
Amanhecem bem dormidos os companheiros, aliviados do pesado terror de morte na forca. De outros, escasso tempo disponível não permitiu referição, em cada seu particular, ação na inconfidência; bastante saudoso no coração, despeço-me. A eles, um por um; a cada qual deixo humilde dote de amizade, com súplica de perdão pelo desatino provocado em sua existência, indo todos em degredo para distantes partes, despojados de teres, haveres, queridos familiares, amigos.
Valeu; vale vida, mesmo sobrevindo inesperado desacerto. Vale não quietar existência no seu particular bem-bom; vale sair, gritar na inteira força da voz, enquanto da rua bate no ouvido murmúrio de opressão; enquanto da parede da meia-água do vizinho, divide choro renitente duma criança pequena na fome, aflita mãe, desiludido pai. Valeu batalha; vale ansiar soltura enquanto entra janela adentro, da praça, berro dum escravo debaixo de bacalhau de couro cru, dobrado, preso num vira-mundo. Urge convergir para vera amizade: amor; dela, dele, não encontra um escapatória, ninguém, um dia. Vossas Mercês haveriam repetição do que pratiquei, idealizei, de frente, como andei, desarmado de mau sentimento, sonhando apenas felicidade, alegria no rosto, no coração. Qualquer, em sã consciência, praticava igual comigo, assistindo vexação do povo, no aproveito de uns poucos. Este o destino: não acaba uma vida com a morte, nem fogo queima uma ideia; nenhum ferro segura a liberdade.
Aí envém o carrasco Capitania no preparo de meu corpo para enforcamento, e a roupa trago esfarrapada, crescido cabelo, longa barba. Adeus. Eu, Tiradentes beijo a mão de Vossas Mercês e a do carrasco..."

(de Eu, Tiradentes, Editora Lê, 3a. edição esgotada, BH, 1992)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Gabriel Garcia Marquez





Literatura mundial perde um de seus mais importantes nomes. Gabriel Garcia Marquez, peruano, Prêmio Nobel de Literatura, entre muitos outros prêmios, morre hoje, 17 de abril de 2014, aos 87 anos, na cidade do México, onde vivia.
Considerado o escritor mais popular desde Miguel de Cervantes (séc. 17), e tendo alcançado a celebridade literária de Mark Twain e Charles Dickens. Seu mais famoso livro Cem anos de solidão
vendeu mais de  50 mil cópias em 25 idiomas. O realismo mágico usado pelo autor em suas novelas e contos causou uma explosão na Literatura da América Latina despertando a paixão pela sua escrita.


Convite





Recebi o convite para integrar a Delegação da Academia de Letras e Artes Valparaiso - Chile.
Sinto-me honrada e felicíssima! Será uma cerimônia belíssima em Foz do Iguassu!
Obrigada à Literarte que me indicou! Obrigada Izabelle Valladares!