quarta-feira, 21 de maio de 2014

Lançamento do livro - Devaneios em nuvens tóxicas - Marcus Vinícius Borges





A Editora Letramento e Livraria Quixote tem o prazer em convidar para o lançamento do livro de estréia de Marcus Vinicius.


DEVANEIOS EM NUVENS TÓXICAS



“ Comprar lâmpadas novas, só o que lhe resta A memória de Luiz, um pouco confusa de uns tempos pra cá, ainda guarda os primeiros carinhos, o pedido de casamento, as datas comemorativas, as trepadas em lugares inusitados, as conquis¬tas pessoais do casal e lamenta sempre não ter tido o derrame no lugar de sua esposa. Lembra-se claramente do banho de cachoeira nas primeiras férias, depois que compraram o tão sonhado aparta¬mento, dos beijos recebidos por ele após ser efetivado como diretor da Faculdade de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais. Tudo isso agora é passado e as lembranças doem feito faca afiada no peito do velho. Afeito ao álcool, Luiz se entrega mais e mais aos lábios doces de quem não beija, mas faz cafuné na alma. "

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lançamento de Livro



Dia 20 de maio, às 19 horas, no Ponteio. Lançamento do livro Princesinha, de Mágda Regadas Resende. Estaremos lá!
Abraço, Mágda e sucesso!







 

JAIR RODRIGUES - POR GABRIEL CHALITA




Gabriel Chalita fala de Jair Rodrigues:


Jair Rodrigues, um senhor chamado “alegria”
Jair Rodrigues de Oliveira partiu para a eternidade nesta semana. Eternizou-se esse homem pelo talento de cantar aos corações os mais belos sentimentos.Fez ele uma opção de vida: viver para a alegria. Sorriso largo nos lábios. Gargalhada no ar, anunciando sua presença. Simpatia contagiante.
Seus filhos também cantam. Jair de Oliveira e Luciana Mello foram embalados em músicas e em ações de dignidade, de elevação. Orgulhos do pai. Rebentos que brilham também sabedores do lindo ofício de cantar. 
Elevou-se o nosso cantor. Elevam-nos pessoas que passam pela vida e que dão significado a ela. "Se eu não for o homem mais feliz do planeta, sou um deles”.
Chegou, humildemente, aos programas de calouro, foi crooner  pelas vielas dos nossos interiores, cantou a vitória de nossa seleção na Copa do Mundo do Chile: "Marechal da Vitória". Vitorioso, brilhou ao lado da genial Elis Regina: "Dois na bossa". Muitos nas bossas de sua alegria.
Era um menino. Um eterno menino. Aos 75 anos, um menino. Na alegria e na disposição de sonhar sempre. Um menino no brincar com a seriedade da vida. Um menino no entranhar, em si e nas suas posturas cotidianas, a arte que o tomou por digno mensageiro.
Interpretando "Disparada", venceu o Festival de 1966: “Aprendi a dizer não / Ver a morte sem chorar/ E a morte, o destino, tudo/ A morte e o destino, tudo/ Estava fora do lugar/ Eu vivo pra consertar”.
Vitorioso nos palcos. Vitorioso na vida. “Deus me agraciou”, justificava, assim, suas vitórias. Tive a honra de entrevistá-lo, algumas vezes, em meu programa de televisão. Fui homenageado por ele em um aniversário. Sorrimos, juntos, agradecendo a Deus pela vida. Pela vida que não termina...
Jair da alegria partiu. Dizia ele: “Agradeço a Deus por ter me dado o dom da música, a minha luta, a minha perseverança etc. Vou cantar enquanto Deus me permitir. E acho que Ele vai me permitir sempre.“ Temos certeza que sim!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Morre Nilto Maciel - grande perda para a Literatura do Brasil!











Completamente chocada e terrivelmente triste. Com o feriado, estive relaxando com minha família e só agora fiquei sabendo da morte dessa pessoa admirável, escritor da maior competência! Tenho seus livros autografados , que me enviou com o maior carinho. Eu sempre lhe enviava um comentário e curtia seu blog. 
Ah! Nilto, você não merecia o que aconteceu!
Esteja em paz, grande mestre Nilto Maciel!
Martha Tavares Pezzini


NILTO MACIEL NASCEU EM 1945. EDITOR DA REVISTA LITERATURA DESDE DE 1991.

NILTO MACIEL MORREU SÁBADO, DIA 26 DE MARÇO DE 2014, SOZINHO, VÍTIMA DO CORAÇÃO, EM SUA CASA.
SEU CORPO FOI ENCONTRADO ONTEM, 30 DE ABRIL DE 2014.
NILTO MACIEL SERÁ ENTERRADO HOJE, 1º DE MAIO, EM FORTALEZA - CEARÁ

TRISTE NOTÍCIA PARA A LITERATURA DO BRASIL!

sábado, 26 de abril de 2014

14.000 visitas, 14.000 curtidas!



 

14.000 visitas!
  Obrigada!


 





O Poder que não temos - Gabriel Chalita

O poder que não temos

Gabriel Chalita

Recentemente, abracei uma amiga que perdeu seu filho, vítima de acidente de carro. Ouvi sua dor. Acolhi suas razões pelo sofrimento. Entre lágrimas, silêncios e algumas tantas palavras, ela me disse: "Queria ter o poder de morrer no lugar dele, queria ter o poder de trazê-lo de volta. Era jovem demais para morrer".
Eu apenas a abracei e disse algo sobre o amor amado, sobre o tempo rico da convivência, sobre a partida. E fiquei refletindo sobre o que ela dissera.

Quantas mães, se tivessem esse poder, trocariam a própria vida pela vida dos filhos? Quantos amantes fariam isso também? Quem ama, verdadeiramente, sofre com o sofrimento do amado. Mas não temos esse poder.
Somos vulneráveis diante da brevidade da vida. Um acidente. Uma doença. Uma queda. E partimos. E quase sempre não temos sequer o tempo da despedida. Alguns, doentes há um tempo, conseguem fazê-lo. Ou não. A verdade é que, mais curta ou mais longa, a vida escapa de nossas mãos.
Quem tem fé acredita em uma eternidade de amor. Acredita que não somos brinquedos que, velhos ou estragados, são descartados. Quem não tem fé sofre um pouco mais. Mas todos sofrem. A ideia de não mais abraçar o ser que amamos, de não mais conviver, de não mais enlaçar as mãos e os olhares é, certamente, incômoda.
Bem, se não temos o poder de prolongar a vida, usemos um outro poder. O poder de dar significado à vida. De não desperdiçá-la com bobagens e estranhamentos. Quantas escolhas erradas fazemos. Quantas brigas. Quantas mágoas que cultivamos pela ausência de maturidade. Tempo desperdiçado. Poderíamos nos ocupar de contemplar mais a natureza, de dar mais atenção para uma prosa, de poetizar nossa travessia.
A mãe, minha amiga, chorava de saudade, não de remorso. O acidente levou-o prematuramente. Mas, no baú das memórias, ele permanece percorrendo os sentimentos e a mente de sua mãe. E, quando passar a dor profunda, ficarão os encantamentos de um tempo que, embora breve, foi belo.

Sobre Livros e Autores: Silêncio - Martha Tavares Pezzini

Sobre Livros e Autores: Silêncio - Martha Tavares Pezzini