Sonho acordada
(Trecho)
“Não vou ao quintal. Mas vejo cada árvore,
cada passagem, a cerca de bambu que vi meu pai fazer e o outro lado, onde corre
o ribeirão. Nas margens vegetação luxuriante. Samambaias enormes com seu verde
infinitamente belo. Diziam que as samambaias eram venenosas talvez para evitar
que desejássemos pegá-las... Fecho os olhos. Quando abro novamente a mágica
acabou deixando um rastro de estrelinhas douradas que vão se mudando em pó e
desaparecem. Deixam uma desmedida vontade de ser novamente tudo isto.”
Do livro Por onde andei, levei meus sonhos II