O título já não cumpre o protocolo exato como no início. Abriu-se à Literatura e outras formas de Cultura
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Sobre inspiração - Almir Zarfeg
Por A. Zarfeg
"A inspiração é o momento em que os mortais experimentam também – por que não? – o maná dos deuses. Um instante muito especial. Mágico.
O conceito de inspiração, contudo, vem mudando no tempo e no espaço. No século XIX, ela “baixava” no poeta – ou melhor, no vate – na forma de espírito, bênção ou dom.
De lá para cá, o verbo inspirar ficou mais fácil de ser conjugado. Felizmente, “se inspirar” ficou mais acessível ao eu e ao tu, líricos ou não.
Moderno, Fernando Pessoa escreve com a imaginação e não com o coração. Moderníssimo, João Cabral enfatiza a técnica em detrimento do lirismo.
Quem vai negar que, à sua maneira, tanto Pessoa quanto Cabral são poetas inspirados e criativos?
Certo é que uma boa motivação – que pode vir duma musa, situação ou acontecimento pessoal – ajuda e muito no ato de escrever prosa e, especialmente, versos.
Assim, estou convencido de que o texto literário é resultado da equação emoção/técnica, com predomínio desta sobre aquela. Sem vice-versa."
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Homenagem a Lincoln Pezzini - Marina Rodrigues de Sousa e Martha Tavares Pezzini
Lincoln Pezzini com Arsênio Flávio de Souza Lima, Antônio de Pádua Drumond e Celso Santos, os quatr, fundadores do jornal Alfarrábios em Matozinhos, MG |
Com Dr. João Jurandy da Costa Campos - Congresso de Vereadores, Curitiba |
Com João Batista Teixeira |
Posse como vereador ao lado de grandes nomes da política em Matozinhos, MG |
Com o Prefeito Eduardo Mendes Linhares de quem foi secretário e Geraldo Albano
Lendo essas palavras da Dra. Marina Rodrigues de Sousa, dirigidas ao meu marido Lincoln Pezzini, resolvi prestar-lhe uma pequena homenagem. Lembro-me do quanto ele era procurado pelas pessoas,dos diversos níveis econômicos e culturais em busca de consultoria, em sua cidade, Matozinhos. Essas pessoas acreditavam e confiavam nele.
Obrigada, Marina, por suas palavras saídas do coração! Agradeço em nome dele e de toda a família!
MTP
Obrigada, Marina, por suas palavras saídas do coração! Agradeço em nome dele e de toda a família!
MTP
"Amigo,
professor, mestre, este é Lincoln Pezzini. Homem admirável, íntegro, de uma
sabedoria incontestável, tudo o que se dispõe a fazer faz bem feito. Tive a
sorte de tê-lo fazendo parte de minha vida, duas vezes como mestre no colégio e
como mestre no trabalho. Você não tem noção o quanto aprendi. Não deve saber
porque é modesto. Parabéns, saúde , felicidades, alegrias e muita luz em sua
vida. Obrigado Lincoln por ter feito parte de minha vida!"
Chama da Vida - Martha Tavares Pezzini
Chama da
Vida
Martha
Tavares Pezzini
Viver é
cuidar que não se apague
a chama da
esperança que arde em nós
sem essa luz
somos navegantes
vagando perdidos
sem saber
em qual porto ancorar
mas cada dia
renasce
trazendo
motivos
para nos
mover a buscar
na
sabedoria, na meditação
e dentro do
coração
o caminho
para fazer o melhor
com o que
temos.
Os dons não
são os mesmos.
Compartilhá-los
torna mais leves
os fardos da
vida
E o amor
deixa de ser sonho
Para ser
real!
domingo, 18 de setembro de 2016
Texto falando de poema - João Evangelista Rodrigues
"não procure o poema nas academias de letras
de qualquer estirpe
nos manuais escolares de literatura brasileira
ele não está
com exceção dos comportadíssimos desarranjos verbais
poema é objeto inútil
mas que saca-rolhas
em festinhas de aniversário
não encontrarás poema de verdade
nas aulas de protégés
não soa bem
aos ouvidos mal amados
de professora idoletrada
nos suplementos literários
só os eleitos da elite antiliterária
só por descuido do editor chefe
jornais comercias não jogam tinta fora
não gastam espaço com poetas vivos
melhor anunciar perfumarias
calcinhas
gargantilhas
adereços femininos
em lojas de departamento
monografias dissertações
teses de doutorado
não são lugar para tesões
luares para poemas luminosos
alimentam-se os doutos
de razão caduca
de dúvida sem método
de cadáveres dissecados
submissos ao cânone da câmara mortuária
o poema escapa ao estatuto
ao tédio das Universidades
ao ritual linguístico das Faculdades de Letras
não há história decente
na recente Literatura Brasileira
não há literatura nacional
não há autor
inocente e probo
apenas redator de signos descarnados
desencantados todos com a palavra Liberdade
não me procurem nas tertúlias literárias
nas igrejas e capelas de fardões
de receitas restritivas
não me procure no poema abençoado pela crítica onírica e enfadonha
entre flores e cartões de velório
dorme o notório o inodoro poema
sem leitores
não prenuncie
não profane meu insano nome em vão
sem literatura e sem poema
a vida transcorre mais tranquila
sem sobressaltos e interrogações
nem por isso mais feliz
a literatura não vai bem
se o país vai mal
se os escritores não se entendem
os delatores se vendem
e os poetas se rendem
às exigências do mercado
não há encontro marcado digno de celebração".
Memória da Infância - Geraldo Abdala
Textos, como esse, de doces recordações da infância, são imperdíveis. Não resisti sem compartilhar...
Martha
Passou uma memória da minha infância por aqui.
Disfarçada no desejo de tomar vitamina de abacate com banana e leite, e comer rosquinha de nata, que minha tia Lourdinha fazia.
E sentar na porta da casa, olhando a chuva cair.
Com os pés descalços.
De calça curta.
Tudo era tão desimportante.
E ao mesmo tempo era gigantescamente significativo.
Eu não tinha relógio.
Mas sabia que o tempo passava bem devagarinho.
Talvez pra não deixar perder o gosto da rosquinha.
Pra que essa pressa toda agora?
Tia Lourdinha já não há.
Rosquinhas de nata já não posso.
Nem a vitamina.
E tudo tem uma importância tão grande.
Que eu mesmo nunca dei.
A chuva também, cai tão pouco.
Os pés sempre calçados.
Seriam cansados?
Meu Deus, pra que tanta pressa?
Por que não trocar essa ligeireza do tempo
Por rosquinhas de nata, por vitamina de abacate?
*Geraldo Abdala, o Tuaregue.
Matozinhos - Martha Tavares Pezzini
Lembrando Matozinhos
Martha
Tavares Pezzini
Matozinhos,
cidade que
habitou meus sonhos,
há tantos anos...
há tantos anos...
Era pequena,
acolhedora,
alegre e
encantadora.
Recanto calmo,
feliz, cheio de graça
e uma
igreja majestosa,
do Bom
Jesus, a abençoar
sua linda
praça.
De mim,
matozinhense, é uma parte!
Lá vi nascer
meus amores,
Muitas
lutas, vitórias, dissabores...
Aceitação,
rejeição, dor e alegria,
Tudo isso lá
vivi, um dia!
Pessoas amadas,
não é possível
esquecer...
Mas, não é isto, o viver?
Trabalho do artista matozinhense, Geraldo Roberto da Silva
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Retificando última postagem
COMUNICADO IMPORTANTE - vaga na AML ainda não foi preenchida, diferentemente do que havíamos compreendido.
Embora Luiz Carlos Abritta, por quem eu torcia e muito esperava, tenha tido 20 votos contra os 17 do outro candidato, a eleição de acadêmico para a vaga deixada pelo Professor Aloisio Pimenta foi adiada para setembro. Em nome de Elizabeth Rennó, Presidente da Academia Mineira de Letras, comunico aos amigos da Literatura e da Academia esta nova informação. Vide Cesar Vanucci e Rodrigo Patrus Almeida
Estaremos aguardando. Deixo meu abraço sincero,
Jornalista e escritor Rogério Zola Santiago
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