quarta-feira, 3 de novembro de 2021

As Aventuras de Fernandinho - Martha Tavares Pezzini

 

        As Aventuras de Fernandinho

 


                                            Para Fernando Antônio Freitas Vieira  


          

 

       As Aventuras de Fernandinho        102/103

 

                                            Para Fernando Antônio Freitas Vieira 


         Fernandinho era um menino esperto, falante e observador. Nada passava sem que ele percebesse. Era muito amado pela família principalmente por ser o primeiro neto.

        Morava em um lugar muito bonito com muito espaço para brincar e perto de uma linda lagoa.  No quintal da sua casa tinha um galo que se chamava Jacó, uma galinha, a Magali e dois gansos que se chamavam Zeca e Zuca.
       Fernandinho nunca maltratava nenhum bicho e estava sempre querendo lhes dar comida e água porque sua mãe lhe havia dito que os animais precisam ser cuidados pelas pessoas.
      
Como todo menino esperto e inteligente ficava imaginando coisas para fazer e sempre encontrava.
       Perto da sua casa morava sua Tia Maria. Certa vez ele pegou uma galinha com pintinhos e levou toda a família galinácea para dormir no banheiro da casa da sua tia para proteger os bichinhos da chuva. À noite, sua tia ouviu uns piados, procurou e encontrou toda a turminha no banheiro e aquela bagunça.        Era mesmo um especialista em tramar traquinagens, sempre em muito boas causas.
         Fernandinho era muito querido por seu bom coração além de muito bem educado: não falava palavrões, não era malcriado e seguia os conselhos dos pais. Tratava com carinho as pessoas idosas: Vovô, Vovó e outros amigos da sua família, como a Dona Joana, uma amiga e vizinha. Sempre lhes fazia um agrado além de dar atenção e respeito.

           -Vamos saber o que mais esse menino aprontou?
          Fernandinho ficava sempre na casa dos avós, ambiente
mais do que ideal para um menininho sendo o xodó de todos.
          Na casa dos avós havia uma imagem em miniatura de Santo Antônio que sua avó havia ganhado de presente e que ficava na mesa do seu quarto. 

           Certo dia seu avô estava na calçada, à entrada da casa quando Fernandinho falou:

          - Vô, por que você não vai lá na cozinha?

           Pelo jeitinho o avô achou que tinha alguma coisa sendo tramada e disse para a tia, que estava por perto:

          - Vou entrar e ver o que esse pequeno arteiro está tramando.

          Assim que o vovô e a tia entraram ele foi correndo e jogou o santinho no ralo de um bueiro. Então eles voltaram, pé ante pé, até à porta e viram o menino diante do bueiro, olhando lá dentro.
          O avô e a tia esconderam-se novamente e o menino voltou desconfiado, disfarçando, sem nada dizer. Foram até o local, onde foi confirmada a suspeita do vovô: lá dentro estava o Santo Antoninho da vovó!
           E vocês acreditam que esse mesmo Santo Antoninho, já hávia sido colocado por Fernandinho dentro de uma lata de fubá?

            Fernandinho nunca contou porque havia escondido o santinho na lata de fubá e jogado dentro do bueiro. Quando alguém  lhe perguntava, ele  sábiamente, mudava de assunto.
          Só sei que depois do bueiro, ele deixou o Santo Antoninho em paz. Quem sabe ficou sabendo que eles eram xarás?

 

 


 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Canadá - Uma Paixão

 

        

 


       Canadá - Uma Paixão

 

         Sempre lembramos com muito prazer dos lugares adoráveis que visitamos. Parece-nos reviver as emoções das surpresas e do encantamento vividos na viagem. Cada lugar que visitamos tem seu encanto, sua beleza. Mas existe um país que mexe com nosso coração de maneira especial: chama-se Canadá. Ordem, disciplina, tranquilidade, segurança, e além de tudo uma beleza sem medida. Não dá para esquecer e estamos sempre com vontade de voltar. Porém como nada é perfeito, tinha que ter aquele inverno! Se não fosse pela temperatura eu diria que Deus é canadense.
         Da primeira vez que estivemos em Toronto, saímos à noite e conhecemos uma rua só de barzinhos e restaurantes.  Músicos tocando nas calçadas, muita alegria e total descontração. Percebendo que somos brasileiros, logo tocam nossas músicas. E sempre há brasileiros passando. Chegamos a dançar na calçada. Tudo a ver com a efusividade bem nossa.
Na outra noite, queríamos voltar e meu marido foi se informar com o pessoal do hotel se era seguro sairmos sozinhos e voltar mais tarde. Eles disseram que até eu poderia ir sozinha, sem problema.
        Quando fomos pela segunda vez fiquei em dúvida. Costumo querer voltar aos lugares que gostei. Daí o dilema: Costa Leste ou Costa Oeste? Não tinha a certeza que tenho agora: em se tratando do Canadá, não há erro. Tudo é só beleza.
         Nesta segunda viagem, devido a alguns contratempos no esquema da companhia de turismo, chegamos a Toronto e ficamos passeando sem estar
programado, aguardando um grupo que se juntaria ao nosso. Outro entrave ocorreu no esquema da viagem: não havia voo direto para Calgary, como estava programado. O motivo era o festival anual de Rodeio, o Stampid, muito famoso por lá, que estava acontecendo naquela cidade.A certa altura dos passeios improvisados fomos comunicados que haviam conseguido um voo para Edmonton em avião de hélice. Como os brasileiros não deixam por menos, logo falavam: - vamos de “teco-teco” - era muita emoção para um só dia!
       Teria sido melhor se houvéssemos dado umas voltas por Edmonton que é a capital da província canadense de Alberta, a segunda cidade mais populosa da província, atrás somente de Calgary e Ottawa, sendo a segunda capital provincial mais populosa do país, atrás somente de Toronto. Edmonton é considerada, ainda, como uma “cidade verde” e tem a maior área de parque do Canadá, por habitante. Infelizmente só fizemos escala de voo, seguimos para Calgary e de lá para o nosso destino programado, que era Whistler. Confesso que nem dei muita atenção ao movimento da cidade do rodeio, ansiosa para conhecer o fim do espaço aéreo, após quatro voos num só dia.
         Após a maratona aérea, chegamos a Whistler,  nosso destino, só pensando em descansar e encontramos um hotel que parecia estar nos aguardando para isto. O quarto com uma decoração romântica, que me conquistou à primeira vista. Da janela um cenário incrível. Verde
próximo e montanhas com gelo à uma pequena distância.

         Whistler é uma cidade estância do Canadá. Localizada ao Sul dos Pacific Ranges das Montanhas Costeiras, na Colúmbia Britânica, cerca de 125 Km ao norte de Vancouver. A Vila de Whistler está convenientemente localizada na base das montanhas Whistler e Blackcomb. Apesar de encontrarmos nela tudo que qualquer resort de nível internacional oferece em termos de conforto, a vila ainda consegue permanecer pequena o bastante para oferecer aos visitantes um ambiente amigável que lhes proporciona o conhecimento da cultura muito própria das montanhas. Coisas que só o Canadá consegue. Além de apreciar as montanhas, há muito para se ver e fazer bem à porta do hotel sem usar meios de transporte. Desde teleféricos até lojas, hotéis e acomodações, restaurantes e todo tipo de entretenimento, tudo pode ser encontrado ali mesmo, pertinho do charmoso Passeio da Vila, tudo feito a pé.
           Fomos de teleférico para a montanha que é um ponto de esqui. Lá fizemos nossa festa. Bonecos, guerra de bolas, e tudo quanto foi brincadeira na neve com a qual nunca havíamos tido contato. Foi um dos pontos altos de satisfação. Claro que fizemos várias fotos. Sugiro que consultem a internet para verem as fotos, se ainda não estiveram por lá. É bem provável que marquem logo uma viagem.

 Martha Tavares Pezzini

Escrita e vivida a long time ago...