DE LIVRO E LEITURA
Muito já se disse sobre o Livro e muito se dirá. Amo livros mais que a
mulheres. Elas passam, eu passo também, o livro fica. Na hipótese de o Planeta
Terra explodir que nem uma imensa bomba atômica e ficar apenas um livro, as
sociedades futuras ressurgirão das cinzas a partir desse livro.
Ainda agora estou relendo a história dos sumérios, civilização que
desapareceu há milhares de anos e é precursora de tudo que foi a grega e a
latina, isso e mais daquele povo, é simplesmente por que um rei assírio tinha
imensa biblioteca em palácio. Somente em meados do Século 19, a Cidade de
Nívive, no Oriente Médio, Mesopotâmia, foi desenterrada das areias, no palácio
do Rei Assurbanípal a
biblioteca que ele organizou com milhares e milhares de placas de argila, em
escrita cuneiforme. São as mais antigas, até hoje, manifestações da escrita
desenvolvida na Suméria. Vale transcrever o Professor e Jornalista e Consultor
da Nasa, judeu russo residente nos Estados Unidos da América do Norte, Zecharia
Setchin (meu livro de cabeceira), em seu O 12º. Planeta, Editora
Best Seller, SP, 1994:
“Em 1956, o prof. Samuel Kramer, um dos grandes sumeriologistas do nosso
tempo, reviu o legado literário encontrado sob os montes da Suméria. O índice
do conteúdo do livro (From the Tables of Summer / Das Barras da Suméria / é uma
autêntica joia uma
vez que cada um dos 25 capítulos relata uma estreia suméria, incluindo as
primeiras escolas, o primeiro congresso com duas assembleias, o primeiro
historiador, a primeira cosmogonia e cosmologia, o primeiro “Jó”, os primeiros
provérbios e ditos, os primeiros debates literários, o primeiro “Noé”, o
primeiro catálogo de biblioteca e a primeira Idade Heroica do Homem, seus
primeiros códigos de leis e reformas sociais, sua primeira medicina,
agricultura e pesquisa para a paz e Harmonia universais.”
Vale ainda esta passagem naquele livro de Setchin, completando a citação
dele: “As escolas (da Suméria) ensinavam não só a ler e escrever, mas também as
ciências da época – botânica, zoologia, geografia, matemática e teologia. As
obras literárias do passado eram estudadas e copiadas e outras novas eram
compostas.”
Tudo isso e muitíssimo mais nos fez o que somos hoje, nesse longo, lento
e nem sempre bem asfaltado caminho da evolução e do conhecimento humano, se não
fosse o Livro.
E nosso hoje esquecido nas escolas, o Poeta Antônio de Castro Alves, nos
legou esta pérola:
Oh! Bendito o que semeia
livros... livros à mão-cheia...
e manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
é germe que faz a palma,
é chuva que faz o mar.
(...)
Bravo! a quem salva o futuro,
fecundando a multidão!...
Num poema amortalhada
nunca morre uma nação.
Como Goeth moribundo
brada “Luz”! o Novo Mundo
num brado de Briareu...
Luz! pois, no vale e na serra...
Que se a luz rola na terra,
Deus colhe gênios no céu!...
(de Poesias Completas, 2ª. edição, Ed. Saraiva, SP, 1960)
Na verdade, um país se faz com homens e com livros, como já anunciou
Monteiro Lobato.
Eu não sei se suportarei viver se me tirarem livros das mãos
Paschoal Motta
Martha, gosto muito do que Paschoal escreve. Boa publicação. Sigo seu blog, entra nos meus, espero você. Um abraço,
ResponderExcluirEliane
Eliane,é um prazer ter você participando!
ResponderExcluirJá sigo um dos seus blogs. Mas vou lá ver os outros!
Abraço