Simples, como Ele.
Sem cansaços, a não ser os inevitáveis.
Sem aparatos:
só família,
uma oração,
uma comidinha gostosa -
não precisa ser gourmet...
Velas acesas. Muitas!
Ele é a luz
a mostrar o caminho da Paz.
Que tal, este Natal?
O título já não cumpre o protocolo exato como no início. Abriu-se à Literatura e outras formas de Cultura
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Marcus Vinícius Borges
Marcus Vinícius Borges:
rodopiou pelo salão à procura de ar
cambaleou
tropeçou em um ou dois discursos
rasgou a toalha de mesa e a vestiu na altura do peito com um sorriso vacilante no rosto.
ao seu redor
o som sem ruído dos ladrilhos
do bate e volta de sua voz
o som dos objetos que teimam em não calar
dos fantasmas a lhe perguntar o que será do amanhã.
e ele ali,
inquieto
a balançar em seu próprio eixo
distante de si, do todo
sem respostas
sem cama para o descanso do corpo, apenas
centenas de copos plásticos vazios
restos de memória
rodopiou pelo salão à procura de ar
cambaleou
tropeçou em um ou dois discursos
rasgou a toalha de mesa e a vestiu na altura do peito com um sorriso vacilante no rosto.
ao seu redor
o som sem ruído dos ladrilhos
do bate e volta de sua voz
o som dos objetos que teimam em não calar
dos fantasmas a lhe perguntar o que será do amanhã.
e ele ali,
inquieto
a balançar em seu próprio eixo
distante de si, do todo
sem respostas
sem cama para o descanso do corpo, apenas
centenas de copos plásticos vazios
restos de memória
Sonho fantasia e Sonho conquistado - Martha Tavares Pezzini
Sonho
fantasia e Sonho Conquistado
Sonhe
Porque
sonhar, é preciso,
E
a realidade nos consome
Sonhar,
não é só o fantástico
O
surreal .
É
o idealizar de uma realidade
Almejada e rastreada
Onde
a felicidade pode
e
deve ser encontrada.
Sonhos
se materializam com lutas,
Denodo,
persistência.
Sonhos
dourados são fugazes,
Sem
consistência.
idealizados
e construídos
São
conquistas duradouras.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Sons de Outono - Martha Tavares Pezzini
Sons de Outono
Outono, o
que trazes, no sopro desse vento,
levando
as folhas já mortas,
e caídas
pelo chão,
revolvendo
aquelas, ainda verdes,
do meu
coração?
Não quero
escutá-lo!
Temo que
me reveles
coisas
que não quero ouvir...
Eu,
árvore, cujas folhas,
Insistem
em não cair.
Em tempos
outonais do viver,
Sentimentos
se misturam numa insana luta,
Nunca
sabendo, deles, qual irá vencer.
Martha Tavares Pezzini
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
I love it - Martha Tavares Pezzini
I love
it
O
taxi para em frente ao Hotel Waldorf Astória. Abro a porta e saio respirando
toda a emoção de estar ali em New York,
numa tépida tarde de julho. Olho
para o prédio majestoso com seus logotipos dourados. Encanta-me. Sempre quis me
hospedar lá. Já esteve no topo da lista dos hotéis mais requintados. Dizem que
não é mais o mesmo, mas quem foi rei, nunca perde a majestade. Tenho reserva
para três dias de requinte, conforto e uma vasta programação pela cidade. Há
tanto para se ver e fazer em NY que foi difícil selecionar. Escolhas sempre
sujeitas a mudanças
Solícitos os mensageiros já estão abrindo a porta do taxi que pago
rápido com o dólar já trocado. Dirijo-me à recepcionista Entro no hall, muito
amplo e lindamente decorado e me apresento à recepcionista, com o volcher à mão
comprovando a reserva. Logo já estão com minha bagagem pronta para ser
encaminhada. Em pouco tempo já me dirigia ao elevador acompanhada do mensageiro
com minha bagagem. Meu quarto. Nenhuma decepção. Elegância e charme, amplo, bem
iluminado, janelas grandes, lençóis refinados.
Tomo um banho de imersão, saboreando champanhe. Passa pela minha cabeça toda a variada programação e pontos imperdíveis, o que transforma a escolha em aflitiva situação.
Relaxada, escolho o que
vestir e dirijo-me ao bar onde havia uma ampla variedade de coquetéis dificultando
minha escolha. Aguardo uma amiga que virá ao meu encontro e sairemos para
jantar. Depois, bem, depois decidiremos o que virá.
Ah, NY, estamos apenas começando!
Ilove it!
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Arsênio Flávio de Souza Lima por Lincoln Pezzini - Lincoln Pezzini
Lincoln Pezzini fala de
Arsênio Flávio de Souza Lima
Conheci
Arsênio em Matozinhos, uma cidade próxima à Belo Horizonte. Ele se mudara para lá e apesar da pouca
idade se integrou ao nosso grupo de amigos. Num tempo em que
começavam a surgir as chances para o progresso intelectual nas pequenas
cidades do interior, éramos considerados a elite cultural, numa
localidade onde poucas pessoas haviam tido chance de estudar.
No início da Escola Nossa Senhora de Fátima e depois do Colégio Estadual, todos nós fomos professores: Arsênio lecionou Português, por pouco tempo; Antônio, lecionava Matemática e eu, Geografia (tema que sempre me apaixonou) e até mesmo Matemática.
No início da Escola Nossa Senhora de Fátima e depois do Colégio Estadual, todos nós fomos professores: Arsênio lecionou Português, por pouco tempo; Antônio, lecionava Matemática e eu, Geografia (tema que sempre me apaixonou) e até mesmo Matemática.
Nessa convivência,
Arsênio já se destacava pela sua capacidade literária e principalmente,
poética. E das nossas longas conversas surgiu a idéia de
fundarmos um jornal em Matozinhos. O nome escolhido foi Alfarrábios -
por acaso, sugerido por mim. O jornal circulou por alguns anos com a
participação dos quatro diretores:
- Arsênio Flávio de Souza Lima
- Lincoln Pezzini
- Antônio de Pádua Drumond
- Celso Santos
Em
1964, Arsênio lançou seu livro de poemas Visão , onde homenageia
Matozinhos que chama de “seu segundo lar”.
Naquela
cidade que ele tanto amava, um trágico acidente colocou um ponto final na sua
curta vida e trajetória poética.
Lincoln
Pezzini, maio, 2011
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