O título já não cumpre o protocolo exato como no início. Abriu-se à Literatura e outras formas de Cultura
quarta-feira, 5 de abril de 2017
quinta-feira, 16 de março de 2017
Pedro Du Bois
Pedro Du Bois, um grande poeta que não deixo de ler. Foi um dos primeiros a entrar para meu blog, o que para mim é uma honra! Obrigada Pedro. MTP
Alugo o corpo ao personagem
e sou incorporado ao discurso plástico
da inverdade. Sou deus e demônio
personificados nas contradições. Besta
e pomba. Homem despossuído
de razões. A aparente calmaria antecede
a tormenta e a neve desce a montanha.
Este trabalho poético integra o livro "Poemas", de Pedro Du Bois. Os
poemas ora analisados, fazem parte da seção "Personagem". Leia mais o
autor: http://pedrodubois.blogspot.com.br/.
Alugo o corpo ao personagem
e sou incorporado ao discurso plástico
da inverdade. Sou deus e demônio
personificados nas contradições. Besta
e pomba. Homem despossuído
de razões. A aparente calmaria antecede
a tormenta e a neve desce a montanha.
Sou outras gentes. Gentios
e crentes. A plateia estática na ação
do palco. O finalizar da música
no arrastar das cadeiras.
e crentes. A plateia estática na ação
do palco. O finalizar da música
no arrastar das cadeiras.
(II)
Ser além do personagem
o mito. História
em sua criação na apropriação
da ideia.
A luz ilumina o palco
com palavras
apostas no papel.
Ser além do personagem
o mito. História
em sua criação na apropriação
da ideia.
A luz ilumina o palco
com palavras
apostas no papel.
A aposta sobrevive ao instante
da criação. A aposta se conforma
ao espaço preenchido de oportunidades.
da criação. A aposta se conforma
ao espaço preenchido de oportunidades.
(III)
Repito o texto
realizo o gesto
materializo
a palavra.
Repito o texto
realizo o gesto
materializo
a palavra.
Permaneço.
(IV)
Avesso ao comum
imortalizo
a cena. O aplauso
contém o ressentimento
da realidade.
Avesso ao comum
imortalizo
a cena. O aplauso
contém o ressentimento
da realidade.
Retorno
e aprofundo
a vida
em verdades.
e aprofundo
a vida
em verdades.
quarta-feira, 15 de março de 2017
Concurso Literário DA ACADEMIA MUNICIPALISTA DE LETRAS DE MINAS GERAIS Edital 2017
CONCURSO LITERÁRIO DA
ACADEMIA MUNICIPALISTA DE LETRAS DE MINAS GERAIS Edital 2017
Acham-se abertas as inscrições para o Prêmio Literário da AMULMIG de Prosa e Poesia
1. Prazo: de 11 de abril de 2017 a 30 de junho de 2017, valendo a data de postagem do carimbo dos Correios.
2. Tema: o tema é livre para as categorias.
3. Os candidatos poderão concorrer apenas com um trabalho em cada categoria, conto e poema, em língua portuguesa.
4. Os contos deverão ser de, no máximo, três laudas.
5. Os poemas deverão ser de, no máximo, 30 linhas.
6. Os trabalhos deverão ser digitados em Times/Arial, tamanho 12, espaço 1,5 – em três vias e enviados para a
Secretária Geral da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais
Acadêmica Maria Lúcia de Godoy Pereira
Rua Rio de Janeiro, 909 – apt 206 - Centro
Cep 30160-041 – Belo Horizonte/MG
ACADEMIA MUNICIPALISTA DE LETRAS DE MINAS GERAIS Edital 2017
Acham-se abertas as inscrições para o Prêmio Literário da AMULMIG de Prosa e Poesia
1. Prazo: de 11 de abril de 2017 a 30 de junho de 2017, valendo a data de postagem do carimbo dos Correios.
2. Tema: o tema é livre para as categorias.
3. Os candidatos poderão concorrer apenas com um trabalho em cada categoria, conto e poema, em língua portuguesa.
4. Os contos deverão ser de, no máximo, três laudas.
5. Os poemas deverão ser de, no máximo, 30 linhas.
6. Os trabalhos deverão ser digitados em Times/Arial, tamanho 12, espaço 1,5 – em três vias e enviados para a
Secretária Geral da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais
Acadêmica Maria Lúcia de Godoy Pereira
Rua Rio de Janeiro, 909 – apt 206 - Centro
Cep 30160-041 – Belo Horizonte/MG
7. Os trabalhos deverão ser enviados sob pseudônimo. Os dados do autor –
nome, endereço completo, e-mail e telefone do autor – deverão ser
enviados em envelope separado e lacrado, com o título do trabalho e
pseudônimo por fora.
Todos os itens deverão ser respeitados, caso contrário o trabalho será desclassificado.
Haverá uma Comissão Julgadora composta de três escritores para cada categoria, designados pela diretoria da academia.
Serão entregues medalhas e diplomas aos nove primeiros lugares de cada categoria: três Vencedores, três Menções Honrosas e três Menções Especiais.
Os textos classificados serão publicados em antologia virtual no site do Jornal da Academia. Aos classificados será pedido o envio dos textos via e-mail para a publicação.
Os prêmios serão entregues em Sessão Solene, no dia 03 de outubro de 2017, às 15 horas, na Rua Agripa de Vasconcelos, 81 – Mangabeiras, Belo Horizonte/MG.
Mais informações com a Acadêmica Maria Lúcia de Godoy Pereira, através do e-mail godoymalu@bol.com.br
Todos os itens deverão ser respeitados, caso contrário o trabalho será desclassificado.
Haverá uma Comissão Julgadora composta de três escritores para cada categoria, designados pela diretoria da academia.
Serão entregues medalhas e diplomas aos nove primeiros lugares de cada categoria: três Vencedores, três Menções Honrosas e três Menções Especiais.
Os textos classificados serão publicados em antologia virtual no site do Jornal da Academia. Aos classificados será pedido o envio dos textos via e-mail para a publicação.
Os prêmios serão entregues em Sessão Solene, no dia 03 de outubro de 2017, às 15 horas, na Rua Agripa de Vasconcelos, 81 – Mangabeiras, Belo Horizonte/MG.
Mais informações com a Acadêmica Maria Lúcia de Godoy Pereira, através do e-mail godoymalu@bol.com.br
terça-feira, 14 de março de 2017
Que seria da vida sem o canto dos poetas?
Canto de amor, de alegria, de dor,
de vitória, de revolta, de clamor!
O poeta materializa aquilo que só ele vê, sente,entende.
MTP
Flores para tantos amigos poetas que me encantam!
Mazza Borone, Tuquinha Miranda, Jane Rosa, Matusalém Dias de Moura, Almir Zarfeg, Marcus Vinícius Borges, Rozelene Furtado, Rogério Zola Santiago, Pedro Du Bois, Inês Chaves de Andrade, Gladis Deble, Paschoal Motta, Maria Nilza Campos Lepre, Terezinha Oliveira Lemos, Zezé Goulart, Basilina Pereira, Jacqueline Aisenman, Ladston Do Nascimento, Georgina Gabriela.
segunda-feira, 13 de março de 2017
Esta não podia deixar passar! Almir Zarfeg para Martha Tavares Pezzini
Almir Zarfeg, grande poeta, tinha que ser baiano, como bom baiano, ser um gentleman e generoso em elogios! Senti-me honrada com suas palavras. Obrigada e Viva Água Preta!
“Por onde andei levei meus sonhos”, obra de Martha Tavares Pezzini
Eis que, para minha alegria, os Correios entregaram aqui em casa, hoje à tarde, um exemplar de “Por onde andei levei meus sonhos”, da minha amiga e confreira Martha Tavares Pezzini. Finalmente!
Publicado em 2015, o livro reúne textos (crônicas, impressões e poemas) que Martha publicou no blog “Sobre Livros e Autores”. Há textos meus lá também, gentilmente reproduzidos por Martha. Grato, amiga.
Assim que mantive contato com o livro, agora à noite, já fui lendo algumas crônicas – “Conversa com meu pé de goiaba”; “De repente, o amor!”; “Uma rua chamada Lembrança”, etc. –, todas uma delícia de se ler e guardar: leves, coloquiais e marcantes.
Reservados à segunda parte do livro, os poemas também merecem os adjetivos que dediquei às crônicas: LCM!
Gostei de todos, dos quais cito o último, intitulado “Teimosia”:
“Obstinada,
Teimo em escrever.
Seduzo as palavras
E depois leio para crer!”
Enfim, um pequeno achado metapoético. Uma obra-prima em miniatura. De maneira que eu discordo frontalmente da nobre confreira: você é poeta, sim, e das boas. Meus parabéns!
[Almir Zarfeg]
sábado, 11 de março de 2017
Texto - Martha Tavares Pezzini
Texto para o novo livro, incompleto:
"Nasci
e cresci numa pequena cidade na Zona da Mata de Minas Gerais, um recanto
encantado, cercado por montes que pareciam cobertos por uma mantilha
verde. Sentia-me segura naquele pequeno mundo. Podia andar pelas ruas pois
todos sabiam quem eu era, onde morava e conheciam minha família.
Minha mãe era uma mulher inteligente, que pensava muito à frente do seu tempo e
do ambiente em que vivia. Sempre quis buscar outros espaços, ir ao encontro de
novas oportunidades para os filhos. Entretanto só saí da minha cidade, de
maneira definitiva, quando me casei. Naquela época o progresso começava a
acelerar, a Guerra Fria era a pauta, vivíamos a Ditadura, no Brasil e o Homem
pisou o solo da Lua em 1969. Havia deixado meu refúgio, família e muito amor, e
corria atrás de mim mesma, do meu lugar. Vivi intensamente, amei muito,
me doei, tive muitas decepções, sofri, errei, acertei, estudei, tive quatro
filhos, viajei, aprendi e amadureci. " MTP
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Sentimento Adormecido - Marttha Tavares Pezzini
Sentimento
adormecido
Sentimentos ficam adormecidos
naqueles espaços interiores dos quais nem imaginamos a existência. Por mais que
passe o tempo há sempre o risco de que ressurjam em lembranças de uma
felicidade que foi vivida ou apenas sonhada. É comum querermos rever pessoas
que participaram, um dia, da nossa vida deixando-nos sua marca. Gostaríamos de
saber onde estão, como estão, o que fazem...
Um dia recebi um telefonema de uma mulher que se identificou e disse que havia
conseguido meu telefone com uma conterrânea minha. Chamava-se Raíssa e queria
me contar que havia sido namorada do meu irmão quando era muito jovem e como
aquele amor havia marcado sua vida. Fiquei comovida.
Agora, já nem me lembrava mais daquela história, quando, novamente, ela voltou
à tona, tão surpreendente como antes. Estava na fila do caixa de uma
movimentada drogaria quando vi uma bela senhora vindo em minha direção. Com um
sorriso me perguntou: - Você é a Martha? – Como nunca a havia visto
perguntei-lhe de onde me conhecia. Ela me disse – Sou Raissa. Imediatamente me
lembrei... Parece que havia necessidade de termos esse encontro.
Contou-me que havia acompanhado todas as notícias sobre o recente lançamento do
meu livro, via as fotos nas redes sociais da filha e dizia que eu era uma amiga...
Como esqueceria aquela mulher que apesar de tantos anos, já passados, desejava
conhecer alguém da família da qual, um dia, poderia ter vislumbrado fazer
parte?
Quando recebi seu primeiro telefonema fiquei muito surpresa. Havia lido
o meu primeiro livro sobre nossa genealogia e histórias conhecendo, assim, um
pouco da família. Mas Raíssa queria mesmo era falar
do seu namoro com meu irmão, quando ela era quase uma menina. Senti que ela
sentia necessidade de expressar aquele sentimento guardado por tantos anos, com
alguém que estivesse ligado à pessoa amada. Enquanto me falava daquele namoro era
como se eu visse passar as cenas e era envolvida por uma aura de romance
e ternura. Aquele amor havia sido muito forte para ela e jamais
esquecido. Perguntou-me se a considerava louca. Como poderia, se estava
emocionada com o seu carinho e a lembrança do meu irmão querido? Essas
recordações perdurando após tanto tempo, essa determinação em passá-las para
mim, deixou ainda mais forte a certeza que sempre existe em nossa vida, um amor
insuperável e quase eterno!
Raíssa
se despediu. Não podia demorar, pois aguardava o neto que iria almoçar com ela.
MTP
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