domingo, 6 de fevereiro de 2011

Nosso Escritor mais Lembrado no Estrangeiro por Especialistas em Literatura Brasileira

MARTHA TAVARES PEZZINI

MILTON HATOUM nasceu em 1952, em Manaus, AM. Morou durante a década de 1970 em São Paulo, onde se diplomou em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, trabalhou como jornalista cultural e foi professor universitário de História da Arquitetura. Em 1980 viajou como bolsista para a Espanha, onde morou em Madri e Barcelona. Estudou Literatura Comparada na Sorbonne, Paris, durante 3 anos, Autor de quatro romances premiados, sua obra foi traduzida em dez línguas e publicada em catorze países.
Foi professor de literatura francesa da Universidade Federal do Amazonas (1984-1999) e professor visitante da Universidade da California (Berkeley/1996). Em 2008 foi nomeado Tinker Professor de literatura latino-americana na Stanford University (EUA).
Foi também escritor residente na Yale University (New Haven/EUA), Stanford University e na Universidade da California (Berkeley). Bolsista da Fundação VITAE, da Maison des Ecrivains Etrangers (Saint Nazaire,França) e do International Writing Program (Iowa/EUA).
Em 1989 seu primeiro romance, Relato de um certo Oriente,ganhou o prêmio Jabuti (melhor romance). Em em 2000 publicou o romance Dois Irmãos, prêmio Jabuti e indicação para o prêmio IMPAC-DUBLIN, eleito o melhor romance brasileiro no período 1990 a 2005 em pesquisa feita pelos jornais Correio Brasiliense e O Estado de Minas.
Em 2005, seu terceiro romance, Cinzas do Norte, obteve cinco prêmios: - Prêmio Portugal Telecom; Grande Prêmio da Crítica /APCA – 2005; Prêmio Jabuti 2006, de melhor romance ; Prêmio Livro do Ano; Prêmio BRAVO! – de Literatura. Em 2010 a tradução inglesa de Cinzas do Norte (Ashes of the Amazon), (Bloomsbury, 2008), foi indicada para o Prêmio IMPAC-DUBLIN.
Em 2008 publicou seu quarto romance (Órfãos do Eldorado), que faz parte da coleção Myths, da editora escocesa Canongate. Órfãos do Eldorado será traduzido em 16 línguas, tendo já sido publicado na França, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Suécia e Croácia. Em 2009 publicou o livro de contos A cidade ilhada.
Hatoum publicou também ensaios e artigos sobre literatura brasileira e latino-americana em revistas e jornais do Brasil, da Espanha, França e Itália. Alguns de seus contos foram publicados nas revistas Europe, Nouvelle Revue Française (França), Grand Street (Nova York) e Quimera (México). Participou de várias antologias de contos brasileiros publicados na Alemanha e no México, e da Oxford Anthology of the Brazilian Short Story.
Desde 1998 mora em São Paulo, onde é colunista do Caderno 2 (O Estado de S. Paulo) e do site Terra Magazine.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Comentário e crítica sobre o livro Eu, Tiradentes. Autor: Paschoal Motta



  Sobre o livro Eu, Tiradentes, de Paschoal Motta:

GERALDO REIS (Belo Horizonte). Poeta, ficcionista, crítico de Literatura, professor, advogado: "O texto, um monólogo, é o resultado de acuradas pesquisas e de uma criação poética duma fala caipira, barroca, de um homem do povo, um tropeiro, um raizeiro, um tirador de dentes, um afobado, um revolucionário conhecedor da realidade de seu país. O relato do principal mito de nossa história política contada por ele mesmo. Uma aventura em diferentes sentidos e direções; principalmente pelo prazer da leitura e ilustração da inteligência, que a erudição e inventividade desse escritor mineiro oferecem aos leitores."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CARTAS ENTRE AMIGOS

Cartas Entre Amigos - Sobre medos comtemporâneos. 
 Autores: Gabriel Chalita e Fábio de Melo.


MARTHA  TAVARES PEZZINI

 Li duas vezes e de vez em quando, abro, de novo,  uma página. São 18 cartas trocadas entre o educador Gabriel Chalita e o Padre Fábio de Melo. O início da  correspondência aconteceu em 2008, época em que Chalita havia sido eleito vereador mais votado do Brasil. Já o sacerdote, encerrava uma temporada de 120 shows na qual o seu CD se tornou o mais vendido do país.
Trata-se de uma  reflexão profunda repleta de razão e sensibilidade sobre o homem comtemporâneo e seus maiores medos - entre eles, solidão, fracasso, inveja, paixões e outros.

Chalita e Fábio de Melo, dois ícones, apaixonadas por filosofia, literatura e poesia. Não há como não nos apaixonar também pelos dois! 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

EM BREVE, 21 DE ABRIL E TIRADENTES





Aproxima-se o mês de abril quando é homenageado em todo o País nosso herói maior, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Em Minas Gerais,  é tradicional uma grande festa no 21 de abril em Ouro Preto, onde se desenvolveu toda a trama para libertar o povo brasileiro do jugo português.
Nessa cerimônia, comparecem diversas autoridades do mundo político nacional, quando acontecem condecorações e louvações. Também concorrem manifestações populares, geralmente descontentes com determinadas situações por que passa o Brasil.
        Por isso e mais, vale lembrar  que temos um  livro em 3ª edição, esgotada, Eu, Tiradentes, autoria de Paschoal Motta, que realizou um trabalho  surpreendente  de pesquisa e realização literária em que revela a figura do Tiradentes que muitos desconhecem.

Livro de riqueza linguística e cultural, mesclado de linguagem poética. Como é sabido,  Paschoal é também autor de livros de poemas, como Ver de Boi, Prêmio Nacional de Literatura Cidade de Belo Horizonte, Estações da Ausência, Cantiga de Adormecer Tamanduá... entre outros e inéditos de ficção e de  poemas.
Nessa época de preparações para a homenagem ao nosso herói principal, é  de estranhar não tenha ainda aparecido uma grande editora para uma 4a. edição de Eu, Tiradentes.
           É também de estranhar como esse escritor, mineiro de São Pedro dos Ferros, cujo livro sobre o Alferes é considerado de alta qualidade literária por leitores comuns e pela crítica especializada, não tenha sido condecorado na cerimônia em homenagem ao grande Inconfidente.
          
Está lançada uma ideia e uma oportunidade.

 Martha

John le Carré

John Le Carré


John le Carré nasceu em 1931. Estudou em Berna e Oxford, foi professor em Eton e esteve durante cinco anos ligado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, sendo primeiro secretário da Embaixada Britânica em Bona e, posteriormente, cônsul político em Hamburgo. Começou a sua carreira literária em 1961, tendo-se tornado um escritor mundialmente reconhecido com o livro O Espião Que Saiu do Frio, o seu terceiro. A consagração de le Carré deu-se com o excelente acolhimento que teve a célebre trilogia de Smiley: Tinker Tailor Soldier Spy , The Honourable Schoolboy e A Gente de Smiley. Entre os seus romances mais recentes, todos eles assinaláveis êxitos de vendas e de crítica, contam-se O Alfaiate do Panamá, Single & Single, O Fiel Jardineiro, Amigos até ao Fim, O Canto da Missão e Um Homem Muito Procurado. 
 "O Jardineiro Fiel" e "A Casa da Rússia" alcançaram grande sucesso no cinema. Apesar do tema, espionagem, são romances de muita ternura e amoção. 
  Li, há pouco, seu livro "Nosso Jogo". É um escritor que sabe prender e encantar o leitor.
  Sou sua fã.

   "...nada do que escrevo é autêntico. É a materialização de um sonho, não
    realidade.Todavia eu sou tratado na mídia como se escrevesse manuais de 
    espionagem." - John le Carré 

          Martha Tavares Pezzini

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Segunda Amostra

Raul de Leoni, para quem, como eu, curte uma história de amor inexplicável.
                       
                                               História Antiga

                                                                     Raul de Leoni

                             No meu grande otimismo de inocente,
                             Eu nunca soube por que foi... um dia,
                             Ela me olhou indiferentemente,
                             Perguntei-lhe por que era... não sabia.

                             Desde então, transformou-se de repente
                             A nossa intimidade correntia
                             Em saudações de simples cortesia
                             E a vida foi seguindo para a frente

                             Nunca mais nos falamos... vai distante...
                             Mas quando a vejo, há sempre um vago instante
                             Em que seu mudo olhar no meu repousa,

                             E eu sinto, sem no entanto compreendê-la, 
                             Que ela tenta dizer-me qualquer cousa,
                             Mas que é  tarde demais para dizê-la... 
                    
                              Martha Tavares Pezzini

Tesouro Prometido

  Um dos meus poemas favoritos do grande J.G. de Araujo Jorge, que marcou minha época de adolescente. O poeta não tinha os aplausos da crítica. Mas era um dos mais lidos e queridos. 

   Martha Tavares Pezzini



Orgulho e renúncia

Não penses que a mentira me consola:
parte em silêncio, será bem melhor...
Se tudo terminou a tua esmola
meu sofrimento ainda fará maior...

Não te condeno nem te recrimino
ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino
nem tu podias contrariar o teu!

Sofro, que importa? mas não te censuro,
o inevitável quando chega é assim,
-se esse amor não devia Ter futuro
foi bem melhor precipitar seu fim...

Não te condeno nem te recrimino
tinha que ser! Tudo passou, morreu!
Cada qual traz do berço seu destino
e esse afinal, bem doloroso, é o meu!

Estranho, é que a afeição quando se acabe
traga inútil consolo ao nosso fim
quando penso que ainda ontem, - quem o sabe?
tenha sentido algum amor por mim...

Não procures mentir. Compreendo tudo.
Tudo por si justificado está:
- não tens culpa se te amo... se me iludo,
se a vida para mim é que foi má...

Vês? Meus olhos chorando estão contentes!
Não fales nada. Vai! Ninguém te obriga
a dizeres aquilo que não sentes,
nem eu preciso disto minha amiga...

Parte. E que nunca sofrer alguém te faça
o que sofri com o teu ingênuo amor;
- pensa que tudo morre, tudo passa,
que hei de esquecer-te, seja como for...

Pensa que tudo foi uma tolice...
Só mais tarde, bem sei, - compreenderás
as palavras de dor que não te disse
e outras, de amor... que não direi jamais!

(
Poema de JG de Araujo Jorge, do livro " AMO ", 1938 )