quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Preço da Felicidade - Pe. João Carlos Almeida, scj


                               O Preço da Felicidade

    Às vezes na vida, nós nos vemos diante de soluções que aparentemente são caras. Até temos o dinheiro naquele momento. Mas preferimos economizar tostões e acabamos colocando em risco nossa vida e a dos outros. É o caso daquela revisão no carro, de uma consulta em um bom especialista, da escolha entre dois produtos no supermercado. Diz o dito popular que não se faz “economia na base da porcaria”. ..
    Um dos grandes pecados que acabam nos fazendo sofrer muito (e aos outros, também) é a imprudência. A generosidade é a porta da felicidade. O avarento sempre é triste. Fica apegado às suas “coisinhas”. Não consegue abrir a mão. E este é exatamente o segredo da felicidade: abrir a mão. Jesus nos revelou esse segredo, quando nos disse de modo aparentemente contraditório: “Quem quiser guardar a sua vida vai perder, mas quem aceitar perdê-la, vai ganhar.”  
   Não se iluda com derrotas  aparentes. Muitas vezes, temos que chegar ao fundo do poço, onde não existem mais soluções visíveis, para que possamos aceitar que há coisas que estão na mão de Deus, ou dos outros.
   A auto-suficiência é também inimiga da felicidade. Uma pessoa feliz é necessariamente humilde. Sabe pedir ajuda, quando não consegue resolver seus problemas.  Nem sempre isso é fácil. Muito mais agradável é resolver tudo sozinho e depois deleitar-se com os louros da vitória. Mas para que serve tudo isso? O livro do Eclesiastes diz: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. O autor descobriu que os valores espirituais estão muito além das pequenas coisas desta terra.  Um rico muito rico nada leva daqui. No céu não há bancos nem cartões de crédito. Mas para La chegar precisamos viver bem nesse vale de lágrima . Precisamos ser solidários. Os ricos inteligentes são desapegados do seu dinheiro e até agradecem àqueles que aceitam ser ajudados financeiramente. Dizem que quem dá aos pobres empresta a Deus.  Então deve ter muito rico frustrado no purgatório por ter deixado uma grande herança para a disputa judicial dos seus filhos. Ele poderia ter ajudado o próximo.             Poderia ter feito Caridade. Mas não entendeu a lição do “preço da felicidade”...
Sim podemos utilizar os bens com inteligência. Por que não o fazemos?  Bom!... a resposta é bastante óbvia.
    Na áfrica alguns caçadores utilizam um método bastante inusitado para pegar macacos. Colocam um côco com uma pequena abertura preso a uma árvore, com algumas frutinhas dentro. O macaquinho coloca a mão na cumbuca e ela se fecha  prendendo  o bichinho pela mão. Você deve estar pensando: “Mas que ignorante esse bicho! Bastava abrir a mão que poderia fugir!”.
Por que nem sempre fazemos o mesmo? Para ser feliz é só abrir a mão. Esse é o preço da felicidade!

Pe.  João Carlos Almeida, scj - Doutor em Teologia e Pedagogia  



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