quarta-feira, 11 de maio de 2011

 Homenagem  

 Meditação

 Arsênio Flávio de Souza Lima

Não sabes que te escrevo... estes versos são teus;
Representam parcelas do que vi tão cedo:
Quanto eu sofro este amor, quanto eu sofro, meu Deus!
Quanto eu sofro em guardar tão íntimo segredo.

Não me escutas! Não sabes dos tormentos meus:
Minha história, aos teus olhos, tem tão fraco enredo:
É como um lenço branco que te diz adeus,
Um homem sempre triste assim, cheio de medo.

Há de sempre ser assim: hás de ler o meu verso
Numa estranha vontade imensa que te invade
De fazer dele um céu, um bonito universo.

Hás de sempre pensar (Ela pensa, Senhor!)
Que existe outra mulher, sem saber da verdade:
- És meu céu, minha vida, meu mundo de amor.


                                          a

Do livro Visão - 1964



 Martha Tavares Pezzini
 Blog: Sobre Livros e Autores
  http://marthatavaresspf.blogspot.com/

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