O que podia ser um verso, uma palavra que desencadeasse um motivo emotivo, já não quer dizer: vale o barulho descompromissado com um mínimo de atenção, de concentração para um fruir do sentimento. Você não deve sentir. Sentir é conseqüência também de uma educação. As experiências físicas e intelectuais também caminham para seu aprimoramento, ou não. Ou voltamos à barbárie ainda mais depressa. Vamos-nos tornando cada vez mais reféns e sem nem a esperança duma defesa, duma opção contra a imbecilidade puxando para o irracional em que até o senso da sobrevivência, tão natural nas criaturas, começa a não ser notado. A vida vai perdendo sua seiva essencial de crescimento espiritual para o consumo do abominável aqui e agora, que não diz nada, mas conduz uma massa humana quase bovina num corredor para o magarefe se locupletar até com seu berro. Do boi nada se perde, do consumidor inconsciente, alienado, se não tudo, muito se toma.
Continua...
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